Em tom desafiador, o presidente Jair Bolsonaro voltou a criticar o ministro Luís Roberto Barroso, que atualmente preside o Tribunal Superior Eleitoral (TSE). “Vai cumprir sim. Se o Congresso promulgar a PEC do voto auditável impresso, teremos eleições com o voto impresso em 22 e ponto final. Não se discute mais esse assunto”. Barroso tem dito que o retorno do voto é um “retrocesso”.
Bolsonaro tocou no tema durante a live semanal, com a presença do ministro do Turismo, Gilson Machado Neto. Ao tratar da implementação de um certo voto auditável impresso, Bolsonaro fez críticas à imprensa e ao presidente do TSE e ministro do Supremo tribunal Federal (STF), que defende a lisura do modelo atual dentro outros motivos, por ser auditável.
“‘Vamos ter problemas se tiver o voto impresso’ – problemas de quê, Barroso?”, questionou o presidente, chamando-o de “dono da verdade” e acusando o Judiciário de “querer se meter em tudo.”
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Em seguida, subiu o tom: “Se alguém entrar com uma ação no Supremo, você vai despachar lá que ‘não vale a PEC, a emenda a Constituição dos deputados e senadores’? Uma pessoa vai querer derrubar, no mínimo, 308 deputados no mínimo e 54 senadores? Não te cabimento isso.”
A escalada de Bolsonaro sobre o tema ocorre ao mesmo tempo em que uma comissão da Câmara dos Deputados analisa o tema. Ontem, ao questionar novamente a lisura do processo eleitoral atual – que jamais contou com denúncias robustas de fraude – Bolsonaro voltou a afirmar, sem provas, que houve fraude no primeiro turno nas eleições de 2018, eleição no qual ele venceu.
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