O presidente Jair Bolsonaro embarca nesta quarta-feira (27) para a Itália. Ele participará em Roma do encontro do G20, grupo que reúne as 20 maiores economias do mundo. A reunião será no fim de semana e funcionará como uma prévia da Conferência Mundial sobre Mudanças Climáticas, a Cop26, que começará no domingo (31) na cidade de Glasgow, na Escócia.
Bolsonaro ficará na Europa até a terça-feira (2).
Antes de embarcar, o presidente e integrantes do governo fizeram acenos no sentido de indicar aos países que participarão da reunião do G20 e da Cop26 que conciliam a agenda de preservação ambiental à necessidade de desenvolvimento.
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Como publicou na terça-feira (26) o Congresso, o ministro do Meio Ambiente, Joaquim Pereira Leite, disse a representantes da Frente Parlamentar do Empreendedorismo que a participação brasileira será positiva. Ele afirmou que o país se comportará como um “negociador” em busca de maior contribuição dos países ricos no combate às mudanças climáticas.
Bolsonaro, no entanto, chegará à Europa cercado pela desconfiança. Ele já era alvo dela por conta das posições ambientais do governo brasileiro, que gerariam pressão dos demais países na conferência que haverá na semana que vem na Escócia.
PublicidadeTal desconfiança se ampliou de forma considerável com a aprovação na terça-feira (26) do relatório final da CPI da Covid. Bolsonaro desembarcará na Itália como o primeiro presidente do planeta diretamente responsabilizado pelo agravamento da covid-19, formalmente acusado por uma comissão de um dos poderes do seu país de ter cometido, entre outros, crime contra a humanidade.
A agenda de Bolsonaro na Itália tem compromissos que merecem atenção. Ele terá um encontro bilateral com o primeiro-ministro italiano Mario Draghi, um governante que age no sentido radicalmente oposto a Bolsonaro no combate à covid-19. Enquanto Bolsonaro até hoje não se vacinou, evita ao máximo o uso de máscara e provoca aglomerações, Draghi aprovou este mês um rigoroso conjunto de regras sanitárias no país.
Enquanto Bolsonaro discursa contra qualquer obrigatoriedade de comprovação da vacinação, o governo italiano tornou obrigatória a todos os trabalhadores a comprovação da vacinação, um teste negativo ou a recuperação recente da infecção. Draghi, com isso, quer estimular ao máximo a vacinação em seu país.
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