O presidente Jair Bolsonaro (PL) publicou em seu Twitter na manhã desta segunda-feira (14) um vídeo que teria sido gravado após cirurgia feita para reparação do ataque a facada que recebeu durante ato de campanha feito em Juiz de Fora (MG) em 2018.
Segundo a publicação, o vídeo teria sido gravado entre o dia 6 ou 7 de setembro. O então candidato discursa em seu pós-operatório durante três minutos. “Estava muito preocupado, parecia uma pancada na boca do estômago. Já levou uma bolada no futebol? A dor era insuportável, parecia que tinha algo mais grave acontecendo”, diz. “Adianto a todos que me preparava para um momento como esse, porque você corre riscos”, continua.
– Não me lembrava de ter falado após acordar da 1a. cirurgia na Santa Casa de Juiz de Fora/MG, e nem sabia que esse vídeo existia. Noite do dia 06 ou já madrugada de 07 de setembro de 2018.
– “Todos nós temos uma missão aqui na terra…” pic.twitter.com/5hljrx3KljLeia também
Publicidade— Jair M. Bolsonaro (@jairbolsonaro) February 14, 2022
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Bolsonaro já foi submetido a quatro cirurgias relacionadas ao episódio. No mês passado, esteve internado por dois dias em São Paulo devido a uma obstrução intestinal, mas não foi necessário novo procedimento.
PublicidadeEm novembro de 2021, a Polícia Federal (PF) decidiu reabrir o inquérito contra Adélio Bispo, autor da facada, depois de pressões políticas. As investigações averiguam dados bancários e do celular de Zanone Manuel de Oliveira, principal advogado de Adélio.
Adélio cumpre pena em regime fechado no presídio federal de Campo Grande, Mato Grosso do Sul, desde 2018. Ele foi absolvido pela Justiça por ser considerado incapaz de responder por seus atos, mas continua recluso uma vez que no entendimento dos juízes é uma pessoa considerada de alta periculosidade e sua liberdade poderia representar perigo a terceiros.
A PF já concluiu duas vezes que Adélio agiu sozinho no atentado. Bolsonaro e aliados sustentam que o acusado não teria como pagar os honorários dos advogados e, por isso, deveria ser apurado quem pagou a conta. O presidente procura associar o atentado ao Psol e ao PT.
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