O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) se negou a falar com jornalistas na saída do Palácio do Alvorada nesta quarta-feira (22), alegando que não queria ser acusado de agredir a imprensa. “Eu quero falar com vocês, mas a Associação Nacional de Jornalistas diz que, quando eu falo, eu agrido vocês, então, como eu sou uma pessoa da paz, eu não vou dar entrevista”, disse.
> Brasileiros que sacaram FGTS estão com seguro-desemprego bloqueado
Na quinta-feira passada (16), a Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj) divulgou um estudo sobre ataques a jornalistas e a veículos de imprensa. Os números apresentam um aumento em relação ao ano passado –de 135 agressões para 208. Segundo a Fenaj, Bolsonaro foi o principal responsável por esse aumento, já que ele sozinho realizou 121 ataques.
Bolsonaro já havia ironizado os dados anteriormente. No domingo (19) escreveu “KKKKKKKKKKKKKKK. HAHAHAHAHAHAHA” para uma notícia do Uol que falava sobre o levantamento da Fenaj.
Depois de afirmar que não iria falar com os jornalistas, Bolsonaro disse que voltaria a falar com a imprensa, caso um processo fosse retirado, mas não mencionou qual processo seria. Ele divulgou o diálogo em seu Twitter.
Publicidade– Como sou acusado de agredir a imprensa com entrevistas, a solução é não dar mais entrevistas. Bom dia a todos! pic.twitter.com/qH6kfs1KOl
— Jair M. Bolsonaro (@jairbolsonaro) January 22, 2020
> Bolsonaro determina criação de conselho para ações na Amazônia