Em conversa com apoiadores nesta quinta-feira (10), o presidente Jair Bolsonaro (PL) voltou a falar em ditadura e disse que “algo” irá acontecer nos próximos dias para “salvar” o Brasil’. Antes, Bolsonaro falava sobre os regimes impostos em Cuba e na Venezuela.
“Qual a diferença de uma ditadura que vem pelas armas, como é em Cuba e Venezuela, e a ditadura que vem pelas canetas? Nenhuma. Vocês sabem o que está acontecendo no Brasil. Acredito em Deus e nos próximos dias vai acontecer algo que vai nos salvar no Brasil. Tenham certeza disso”, disse.
Veja o vídeo:
A menção a uma possível “ditadura das canetas” é uma referência ao Supremo Tribunal Federal (STF). Uma vez que em outras ocasiões o chefe do governo federal já criticou “canetadas” de ministros da corte.
Nessa quarta-feira, o filho 03 do presidente, deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), publicou um vídeo fazendo várias críticas ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Eduardo diz que vão dar um “golpe que vai acabar com o Lula”.
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“Vocês acham que esse pessoal quer voltar ao poder para que? Jair Bolsonaro ganhando essa eleição, e eu tenho fé em Deus que vai ganhar, a gente vai dar um golpe que vai acabar com o Lula. Vamos jogar ele no lixo da história, onde ele merece”, disse o deputado.
O parlamentar também afirmou que Lula deu uma “manobra” no Supremo para “conseguir se safar” das condenações porque indicou ministros para o cargo.
“Lula conseguiu se safar da cadeia, mas a população vai dizer para ele o seu local certo: o lixo da história de Luiz Inácio Lula da Silva. E ai, eu te digo, não vai ter petismo para ele poder se salvar”, alegou.
Em queda nas pesquisas eleitorais e na tentativa de reeleição, o presidente reitera os discursos que o elegeram em 2018: ataques ao PT, ênfases ditatoriais nos países de Cuba e Venezuela e defesa dos “valores conservadores”.
As últimas demonstrações registram Lula à frente de Bolsonaro em todos os cenários. Os índices do petista variam entre 45% e 47%, conforme é reduzido o número de candidatos na disputa. Bolsonaro pontua entre 23%, na simulação mais pulverizada, e 26%, no quadro com menos postulantes.
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