O presidente Jair Bolsonaro recebe em café da manhã, nesta terça-feira (28), no Palácio da Alvorada, representantes dos poderes Judiciário e Legislativo. No encontro com os presidentes do Supremo Tribunal Federal, Dias Toffoli, da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), Bolsonaro deve buscar uma aliança em favor das reformas.
O presidente da República vai propor a assinatura de um pacto pelas “macrorreformas”, que prevê a colaboração dos três Poderes para aprovar as reformas da Previdência e tributária, a revisão do pacto federativo, a desburocratização da administração pública e o aprimoramento de uma política nacional de segurança pública.
A reunião ocorre dois dias após as manifestações de rua convocadas pelo presidente em defesa do governo e das reformas. O Supremo e o Congresso foram alguns dos principais alvos dos atos. Houve hostilizações a Toffoli e Maia. Grupos minoritários defenderam o fechamento do STF e do Parlamento, hipótese refutada por Bolsonaro em comentários nas redes sociais.
O Senado deve votar nesta terça a medida provisória que organiza a estrutura ministerial do governo de Jair Bolsonaro. A MP 870/2019 está nos últimos dias do seu prazo de validade: se não for aprovada até o dia 3 de junho, a configuração do Executivo voltará a ser o que era no ano passado. Para senadores ouvidos pelo Congresso em Foco, apenas o empenho pessoal de Bolsonaro pode garantir a aprovação da medida.
As principais mudanças inauguradas pela MP são a criação dos dois “superministérios” do governo Bolsonaro: o Ministério da Economia, que fundiu as pastas da Fazenda, Planejamento, Indústria e Trabalho; e o Ministério da Justiça, que incorporou a pasta da Segurança Pública. Se a medida provisória cair, essas aglomerações serão desfeitas.
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