O Comitê Extraordinário de Monitoramento Covid-19 (CEM Covid) da Associação Médica Brasileira (AMB) publicou, nesta terça-feira (23), um boletim com uma série de recomendações de protocolos médicos a serem seguidos durante a pandemia. O grupo é taxativo ao pedir que cloroquina e outros remédios do “kit-covid” defendido por Jair Bolsonaro sejam banidos do tratamento.
“Infelizmente, medicações como hidroxicloroquina/cloroquina, ivermectina, nitazoxadina, azitromicina e colchina, entre outras drogas, não possuem eficácia científica comprovada de benefício no tratamento ou prevenção da covid-19, quer seja na prevenção, na fase inicial ou nas fases avançadas dessa doença, sendo que, portanto, a utilização desses fármacos deve ser banida”., diz trecho to texto.
No documento, os médicos pedem uma coordenação nacional no combate à pandemia e cobram ações do novo ministro da Saúde, Marcelo Queiroga.
“Que seja um exemplo de independência na implantação de políticas/medidas consistentes e necessárias à resolubilidade e qualidade do sistema; de conduta ética, de compromisso com melhor medicina, e, acima de tudo, com a saúde de todos os cidadãos”, cobra o comitê ao ministro. Queiroga é o quarto ministro da saúde a assumir a pasta desde o início da pandemia no ano passado.
O grupo alerta que somente no mês de março deste ano, o Brasil registrou 25% das mortes mundiais por covid-19, “segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), houve 60,2 mil óbitos, dos quais 15,6 mil em nosso país”, explica.
>Gestão da pandemia por Bolsonaro é reprovada por 53% dos parlamentares, mostra pesquisa
>Congresso em Foco é o segundo veículo digital mais lido pelos parlamentares