A Polícia Federal cumpriu mandados de busca e apreensão nesta sexta-feira (4), em Belém, contra um fazendeiro e um vigilante por fazerem ameaças contra o presidente Lula. O fazendeiro Arilson Strapasson já havia sido preso nessa quinta-feira. O vigilante foi ouvido nesta manhã pela PF, que informou ter localizado no endereço do suspeito um colete a prova de balas e que o suspeito tem porte de armas. De acordo com a Polícia Federal, as ações têm como objetivo evitar um atentado contra o presidente no Pará. Ele chega hoje a Santarém, onde cumpre agenda oficial até a próxima semana, quando participará da Cúpula da Amazônia na capital paraense.
O vigilante ficará com tornozeleira eletrônica por dez dias e está proibido de se aproximar de Alter do Chão, região na qual Lula passará o fim de semana. Ele virou alvo dos policiais após publicar em seus perfis nas redes sociais imagens com ameaças ao presidente da República.
Já Arilson Strapasson foi preso em Novo Progresso por ameaçar atirar em Lula. Por meio de comunicado, a PF afirmou que o homem disse que daria “um tiro na barriga” do presidente, enquanto fazia compras em uma loja de bebidas na última quarta-feira (2). Além disso, o suspeito teria perguntado aos outros clientes da loja se sabiam onde Lula se hospedaria durante sua passagem pelo Pará.
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A investigação teve início após uma das pessoas presentes fazer a denúncia. O fazendeiro, que tem envolvimento com grilagem e garimpo, responderá pelos crimes de ameaça e incitação de atentado contra autoridade por razão política. O homem contou ainda à PF que estava presente nos atos golpistas do dia 8 de janeiro e que invadiu o Salão Verde da Câmara dos Deputados.
Por meio das redes sociais, o ministro da Justiça, Flávio Dino, se pronunciou sobre o caso. “Mesmo após o fracasso dos atos golpistas de 8 de janeiro, ainda existem pessoas que ameaçam MATAR ou AGREDIR FISICAMENTE autoridades dos Poderes da República. Isso não é ‘liberdade de expressão’ e a Polícia Federal seguirá aplicando a lei contra criminosos. Renovo os apelos para que as pessoas protestem pacificamente e esperem a eleição de 2026.”, escreveu o ministro.