Hoje, a ApexBrasil mantém mais de 50 projetos setoriais dedicados ao desenvolvimento de diferentes complexos econômicos brasileiros. Os projetos, executados em parceria com entidades de referência nos setores produtivos, buscam alinhamento com as diretrizes de ampliar a participação da indústria brasileira nas exportações do país. Trata-se de um esforço alinhado à agenda da neoindustrialização, lançada pelo governo em 2023. Os projetos buscam estimular negócios e produtos competitivos e comprometidos com a responsabilidade social e ambiental.
Somados, os investimentos da ApexBrasil em 2024 para a execução dos projetos setoriais chegam a R$ 235 milhões e envolvem suporte na presença em feiras, eventos, rodadas de negócios, estudos de inteligência, entre outros. “A promoção das exportações de bens industriais é fundamental para fortalecer a competitividade do Brasil no mercado global, gerando empregos, renda e impulsionando a inovação tecnológica. Com essa ação, estamos contribuindo para a diversificação da economia e para o programa de neoindustrialização, buscando um crescimento sustentável e robusto”, afirma o presidente da agência, Jorge Viana.
Parcerias como caminho
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No último dia 30 de julho, a ApexBrasil assinou com a Confederação Nacional da Indústria (CNI) um convênio de cooperação técnica que busca estimular a participação da indústria brasileira no mundo. A parceria prevê o atendimento de 780 empresas, entre exportadoras e interessadas em exportar, e a expectativa é movimentar, nos próximos anos, US$ 200 milhões (aproximadamente R$ 1 bilhão) em oportunidades de negócios. Com duração de dois anos, o convênio tem orçamento previsto de R$ 11,9 milhões para realizar ao menos 20 ações – entre encontros de negócios e missões – que aumentem a participação do Brasil nas exportações mundiais da indústria de transformação. As ações da incluem atuação em diversas cadeias produtivas, como as agroindustriais, o complexo econômico industrial da saúde, infraestrutura, saneamento, moradia e mobilidade. São prioridades, ainda os negócios focados na transformação digital e descarbonização da indústria, na bioeconomia, na descarbonização, transição e segurança energéticas e na soberania e defesa nacionais.
Outro exemplo é a parceria com a principal entidade da indústria de insumos farmacêuticos – a Associação Brasileira da Indústria de Insumos Farmacêuticos (Abiquifi). O projeto tem duas frentes de trabalho: exportações e atração de investimentos. O objetivo é estimular novos negócios para aumentar as vendas externas, o intercâmbio de novas tecnologias e a geração de mais investimentos no setor farmoquímico. As ações incluem estratégias de inteligência, prospecção de mercados, feiras internacionais, rodadas de negócios e missões comerciais em diferentes países do mundo. Atualmente, das 20 maiores empresas farmacêuticas no Brasil, 10 são nacionais, sendo que 07 estão no projeto, batizado de Brazilian Pharma & Health.
Ainda na área de saúde, a ApexBrasil organizou em junho a presença brasileira na BIO Internacional Convention, a maior convenção de biotecnologia do mundo. A delegação brasileira contou com mais de 70 empresas e mais de 250 pessoas, além de organizações do governo, como Anvisa, BNDES, Finep, Inpi, MCTI, Ministério da Saúde, Fiocruz, Bio-Manguinhos, Mapa, Butantan, MGI e o Consulado-Geral do Brasil em Los Angeles. Estão previstas para esse ano a participação nas principais feiras de negócios da cadeia farmacêutica da Europa, como a CPHI, em Milão (na Itália), rodadas e missões de negócios com países africanos e México e o Congresso Latino-Americano de Avicultura (Ovum), no Uruguai. Até o final de 2026, serão realizadas ações nos Estados Unidos, Europa, Ásia e em países da América Latina.
PublicidadeAlavancando a indústria com investimento externo
Nos projetos com impacto econômico sobre a indústria, a ApexBrasil busca, ainda, contribuir de forma relevante para a transição energética. “O Brasil é o quinto principal destino de investimentos no mundo. As oportunidades que o mercado brasileiro apresenta são únicas para os investidores e fundamentais para alavancar o desenvolvimento sustentável do país”, observa Jorge Viana.
No setor de inovação, o Brasil possui 32 empresas “unicórnios”, o que revela, entre outros fatores a força do mercado doméstico. E, no setor de infraestrutura, o Brasilk oferece o maior portfólio do mundo (em parceria com o PPI – Programa de Parcerias de Investimentos). “Não vejo outro país do mundo mais competitivo do que o Brasil quando se levam em conta o tamanho do mercado doméstico, a criatividade nacional e as oportunidades da transição para uma economia verde”, afirma a diretora de Negócios da ApexBrasil, Ana Paula Repezza.
A parceria da agência com a Associação Brasileira das Indústrias de Móveis (Abimóvel) para aumentar a presença da indústria moveleira no mercado internacional conta com 170 empresas. O projeto Brazilian Furniture, que está apoiado nos pilares de sustentabilidade, competitividade industrial e design inovador integrado à indústria, contribuiu para a expansão nas exportações por quatro anos consecutivos. O Brasil hoje é o sexto maior produtor mundial e exporta para 180 países.