Rafael Neves
Especial para o Congresso em Foco
A futura ministra da Agricultura deputada Tereza Cristina (DEM-MS) confirmou na tarde desta terça-feira (27) o deputado Marcos Montes (PSD-MG) para a secretaria-geral da pasta no próximo governo.
Montes presidiu a Frente Parlamentar Agropecuária (FPA), a chamada bancada ruralista, logo antes de Cristina. Ele liderou o grupo por dois anos, de fevereiro de 2015 a fevereiro de 2017.
O congressista ganhou notoriedade logo antes do primeiro turno das últimas eleições. Candidato a vice-governador de Minas Gerais na chapa de Antonio Anastasia (PSDB), ele declarou apoio ao então candidato Jair Bolsonaro (PSL) à Presidência, apesar de seu partido estar apoiando Geraldo Alckmin (PSDB).
“Professor Anastasia e eu temos o nosso candidato à presidência da República, um candidato extremamente competente, que é Geraldo Alckmin. Lamentavelmente, a sociedade brasileira começa a enxergar que não é o seu [de Alckmin] momento. Seus números não avançam (…) No momento em que eu achar que o candidato Alckmin não vai ao segundo turno, nós precisamos dar as mãos ao candidato Bolsonaro”, disse Montes em um evento com prefeitos em Patrocínio (MG), em 26 de setembro, pouco mais de duas semanas antes do primeiro turno.
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Perfil
PublicidadeEm seu terceiro mandato na Câmara, Montes é pecuarista e produtor de cana-de-açúcar, segundo o site da FPA.
Com cargos na administração de Uberaba (MG) desde o início da década de 1990, Montes, então filiado ao antigo PFL, conquistou a prefeitura do município em 1997 e se reelegeu em 2000. Próximo de completar o segundo mandato, em agosto de 2004, deixou a prefeitura e assumiu a Secretaria de Desenvolvimento Social e Esportes de Minas Gerais, do governo Aécio Neves (MG).
Em 2006, foi eleito para seu primeiro mandato na Câmara com 86.303 votos e entrou para a bancada ruralista logo no primeiro ano. Em 2011 ele deixou o partido, já rebatizado de DEM, e migrou para o PSD.
Derrotado nas eleições ao governo de Minas pela chapa de Romeu Zema (Novo), Montes ficaria sem cargo a partir do ano que vem.
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