A Advocacia-Geral da União (AGU) solicitou extrajudicialmente a plataforma Tik Tok, na segunda-feira (20), para remover vídeo fake do ministro da Fazenda, Fernando Haddad. No vídeo manipulado por inteligência artificial, o chefe da pasta fazia declarações sobre “taxação dos pobres”, com apoio do presidente Lula. Nesta terça-feira (21), o conteúdo já não estava mais na plataforma.
“A análise do material evidencia a falsidade das informações por meio de alterações perceptíveis na movimentação labial e discrepâncias no timbre de voz, típicas de conteúdos forjados com o uso de inteligência artificial generativa”, aponta o órgão na notificação.
Segundo a AGU, o conteúdo foi manipulado e busca confundir o público sobre a posição do ministro da Fazenda em temas de interesse público. O órgão ainda apontou que a permanência do vídeo na plataforma contrariava os termos de uso do Tik Tok e pediu que, caso o aplicativo não removesse o vídeo, incluísse um aviso de que “o vídeo foi gerado por inteligência artificial – conteúdo alterado ou sintético”.
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“Trata-se, portanto, de desinformação, pois manipula vídeo, com auxílio de inteligência artificial, mostrando fato que não condiz com a realidade, para confundir o público sobre a posição do Ministro da Fazenda acerca de assuntos de interesse público, sem a efetiva manifestação da autoridade pública em comento”, acrescenta a AGU.
Em relação ao combate de fake news contra o governo e, em especial, a Fazenda, a Advocacia se manifestou no caso das desinformações sobre “taxação do Pix”. A AGU vai tomar medidas judiciais contra golpes que utilizaram das notícias para cobranças adicionais quando o pagamento é feito por meio de transações instantâneas, pois configura crime contra a economia popular.