O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, decidiu cancelar sua viagem à Europa, que estava programada para esta segunda-feira (4). Durante essa viagem, Haddad tinha a intenção de passar por Paris, Londres, Berlim e Bruxelas, onde se reuniria com autoridades e investidores. O cancelamento foi solicitado pelo presidente Lula, que conta com a presença do ministro para abordar questões internas do país. Segundo informações do Ministério da Fazenda, a viagem será reagendada para um momento mais apropriado.
Haddad não viajará para se dedicar à definição das medidas do pacote de corte de gastos, que ainda não foi divulgado. Essa decisão ocorre em um contexto de tensão no mercado financeiro, causado pela espera em torno do anúncio dessas medidas, o que tem gerado incertezas sobre a sustentabilidade da dívida pública em um ambiente de altas taxas de juros no Brasil. O governo havia prometido divulgá-las tão logo passassem as eleições municipais, encerradas no último domingo (27).
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Na última sexta-feira (1°), o dólar registrou uma alta de 1,52%, fechando a R$ 5,869, o maior valor desde o início da pandemia, quando, em 15 de maio de 2020, estava cotado a R$ 5,841. Essa valorização foi impactada pela aproximação das eleições presidenciais nos Estados Unidos, onde o candidato republicano, Donald Trump, tem se destacado nas apostas.
A moeda norte-americana, que chegou a uma mínima de R$ 5,762, disparou no final da tarde, em parte devido ao anúncio da viagem de Haddad. O volume de negociações se manteve estável, dentro da média dos dias anteriores, de acordo com especialistas. O anúncio da viagem gerou preocupação no mercado financeiro, sob a alegação de que o ministro não estava priorizando o pacote de medidas e retardando o processo.
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