Batizada informalmente de Vitória, uma cadela marrom vem atraindo a atenção dos servidores do Congresso Nacional. Alheia às importantes decisões tomadas há poucos metros de si, como a votação de vetos presidenciais nesta quarta-feira (12), Vitória passou grande parte da tarde de ontem deitada no gramado verde em frente ao imponente prédio planejado por Oscar Niemeyer.
A história da cadela foi apresentada à equipe do Congresso em Foco no começo da tarde de ontem, por uma funcionária que questionava como colocar um vídeo no YouTube. Sua intenção, contou, era divulgar a história de Vitória, para tentar encontrar um lar para ela.
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A gravação ela já tinha. Feita por uma colega, o vídeo mostra a cadela deitada no gramado, até o momento que a cinegrafista amadora se aproxima. Em seguida, a mulher que grava a cena conta um pouco da história da cadela e pede ajuda para alguma Organização Não-Governamental (ONG).
“Essa cachorrinha ela está em frente ao Congresso Nacional já tem mais ou menos um mês, e gostaríamos de pedir uma ajuda de alguma ONG, que pudesse vim até o local e resgatá-la. Pois ela, coitada, cada dia que passa ela emagrece mais ainda. Ela fica o tempo todo aqui, alguém vem, dá um pouco de comida. Inclusive está chovendo neste momento, e ela está na chuva, coitada”, afirma no vídeo.
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A versão contada na gravação é confirmada pela funcionária que pedia ajuda com o YouTube. Ela afirma que a cadela começou a aparecer nas redondezas do Congresso há cerca de um mês e, desde então, os funcionários vem tentando encontrar alguém que pudesse adotar o animal.
Ela comenta que Vitória é tímida e foge quando se aproximam, talvez porque tenha sofrido maus-tratos no passado, mas encontra ajuda em algumas pessoas que passam pelo local, entre elas os policiais legislativos.Questionados sobre a cadela, os funcionários de segurança afirmaram que têm a visto nos últimos dias, mas nem sempre ela aparece. Eles comentam que uma pessoa foi ao local um dia, tentando levá-la para casa, mas, justamente naquela data, Vitória não apareceu. Desde então a pessoa não retornou, e a cachorra permanece no gramado ou embaixo da viatura.
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É interessante como se comovem com um animal abandonado. Concordo que devem ser tomadas providencias protetivas ao bichinho. Mas será que se fosse uma criança abandonada também se comoveriam ou seriam indiferentes.Porque aqui em Sampa, esses defensores dos animais são indiferentes as muitas crianças abandonadas nas ruas da cidade, principalmente na região central,onde eles vem fazer comícios, passeatas e badernas em defesa dos animais. E se uma criança abandonada se aproxima deles, eles a tocam como se fossem animais, dizendo que são trombadinhas.Ou seja, tratam animais como se fossem gente , e crianças abandonadas como se fossem animais. Não é uma inversão de valores?