Em seu último discurso na condição de presidente da Câmara dos Deputados, proferido em plenário neste sábado (1º), o deputado Arthur Lira (PP-AL) indicou que pretende permanecer atuando na Casa a partir do fim de sua condução. Ele também fez um balanço de sua gestão, iniciada em 2021, relembrando projetos importantes aprovados pelo parlamento ao longo dos governos Lula e Bolsonaro.
“Estarei ao lado de cada um de vocês no bom debate do Plenário. Seguirei como um soldado do Parlamento, representando não somente os mais de 220 mil alagoanos que confiaram a mim essa missão”, disse Arthur Lira em seu pronunciamento. Seu nome, assim como o do ex-presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), foi cogitado para assumir um ministério ao fim da condução.
Lira trouxe à memória a resposta da Câmara dos Deputados à pandemia da Covid-19, período que exigiu resposta rápida do parlamento à emergência sanitária. “Asseguramos a compra e distribuição de vacinas, viabilizamos auxílio para aqueles que perderam sua fonte de renda e estruturamos respostas à maior crise sanitária do nosso século”, recordou.
Também citou como projetos relevantes desse período a autonomia do Banco Central, “protegendo nossa política monetária de interferências políticas momentâneas”, e a PEC da Transição, aprovada após as eleições de 2022, buscando viabilizar os recursos necessários à manutenção dos programas Bolsa Família e Auxílio Gás.
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O presidente da Câmara destacou a construção da Reforma Tributária após 30 anos de tentativa pelo Congresso, “simplificando o sistema e promovendo um ambiente econômico mais moderno, eficiente e competitivo”. Além de citar projetos de lei, Lira citou como uma iniciativa importante a criação da Bancada Negra, estabelecida em 2024.
Arthur Lira prestou homenagem ao seu candidato à sucessão, Hugo Motta (Republicanos-PB), a quem orientou para que priorize o diálogo com diferentes forças, parafraseando uma frase de seu falecido pai, o ex-senador Benedito de Lira: “Devemos protagonizar a educação pelo exemplo. Devemos demonstrar à sociedade brasileira que, a despeito de nossas bandeiras partidárias, somos adeptos do diálogo sincero, sensato e cortês”.