A legislatura eleita para assumir a Câmara dos Deputados a partir de 2023 em muito diverge da atual. Com as federações partidárias funcionando a todo vapor, o novo plenário concentra parlamentares ao redor de dois grandes blocos: um formado pela Federação Brasil Esperança (PT-PCdoB-PV), com 80 parlamentares, e outro formado pelo PL, com 99. Trata-se de uma Câmara com a direita fortalecida e com ligeiro crescimento dos partidos de centro e centro-direita, mas com enfraquecimento das siglas mais tradicionais da política brasileira.
Exemplo disso foi o caso do PSDB, um dos partidos mais antigos da nova república, que caiu de 22 para 13 deputados, com outros cinco federados pelo Cidadania, partido já com 30 anos, chegando assim ao pior momento dos dois partidos. O PDT, atuante desde os últimos anos do regime militar, também entra em momento de crise, passando de 28 para 17 parlamentares. O PSB, fundado ainda na Era Vargas, foi eleito em 2018 com a segunda maior bancada da oposição, com 32 deputados. Na janela partidária, caiu para 24, e finalmente chegou ao fim das eleições com apenas 14 parlamentares na Câmara.
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Já para o MDB, partido mais antigo com registro contínuo no Brasil, a nova Câmara chega com um momento de leve alívio: sua bancada, que em 2018 era de 34 deputados, passa a contar com 42. Também cresceram os principais partidos coligados ao PL, de Jair Bolsonaro: o Republicanos passou de 30 para 41 deputados e o PP, de Arthur Lira (AL), passou de 38 para 47 cadeiras. O PTB e o PSC já saíram prejudicados: o primeiro passou de 10 para um deputado, e o segundo de oito para seis.
Na centro-direita, o PSD foi o principal vencedor, passando dos 35 deputados de 2018 para 42, empatando assim com o MDB. Já o União Brasil, caiu em relação à formação original e cresceu em relação ao final da legislatura anterior: nascido no início do ano, o partido somava os quadros dos antigos DEM e PSL, que reuniam 81 deputados. Com a janela partidária, esse número caiu para 51, que passam a ser 59 após as eleições.
A nova Câmara diverge pouco da atual quanto ao quadro demográfico, mas de forma mais inclusiva: o percentual de declarados pretos e pardos subiu de 24% para 26%. As mulheres, que antes representavam 15% da Casa, passam a ser 18%. Pela primeira vez, a Câmara passa a contar com duas parlamentares trans: as deputadas Erika Hilton (Psol-SP) e Duda Salabert (PDT-MG).
Confira a seguir os números relativos à nova formação da Câmara dos Deputados:
Por partido
Por Coligação
Por reeleição
Reeleição por partido
autodeclaração de cor e raça
Por faixa etária
Patrimônio
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