O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, disse ao diretor-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Adhanom, que irá ao Tribunal Penal Internacional de Haia a passeio com o presidente Jair Bolsonaro. Na conversa, Bolsonaro disse ao diretor da OMS que é o “único chefe de Estado do mundo que está sendo investigado, acusado de genocida”. Queiroga diz em seguida: “Eu também. Vou com ele para Haia. Vamos passear lá”, e todos gargalham em seguida. A fala ocorreu durante conversa de Bolsonaro com Adhanom em Roma, Itália, onde acontecem as reuniões de líderes da cúpula do G20. Também estava presente no encontro o ministro Carlos França, das Relações Exteriores.
A ironia do ministro Queiroga se refere aos desdobramentos da CPI da Covid, encerrada no Senado na semana passada. O relatório final aprovado, de autoria do senador Renan Calheiros (MDB-AL), apresentou lista com 80 pedidos de indiciamento por crimes cometidos durante a pandemia no Brasil, incluindo os nomes de Jair Bolsonaro e Marcelo Queiroga. Foram atribuídos nove crimes a Bolsonaro e dois ao ministro da Saúde, no caso, de epidemia com resultado de morte e prevaricação.
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A cidade de Haia, na Holanda, é onde está a sede do Tribunal Penal Internacional, que tem jurisdição sobre mais 120 países, entre eles o Brasil. A Corte tem o papel de julgar indivíduos acusados de crimes contra a humanidade, crimes de guerra, genocídios e crimes ambientais em larga escala.
O senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) disse que pretende viajar para Haia, na Holanda, para entregar formalmente as acusações contra Bolsonaro por crimes contra a humanidade, entendido como crime internacional.
🇧🇷 Bolsonaro diz a Tedros Adhanom, diretor-geral da OMS, que ele é o “único chefe de Estado do mundo investigado e acusado de genocida”.
Ministro da Saúde do Brasil, Marcelo Queiroga ri e diz: “vou com ele pra Haia, passear lá em Haia”. pic.twitter.com/oAr3g9xvRE
Publicidade— Eixo Político (@eixopolitico) October 31, 2021
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