O presidente do PSL, deputado Luciano Bivar (PE), e a nova líder do PSL na Câmara, Joice Hasselmann (SP), defenderam nesta quarta-feira (11) que o apoio do partido às pautas do governo não será mais automático. A sigla pela qual o presidente Jair Bolsonaro se elegeu é a única base oficial do governo no Congresso.
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“O PSL não deixa de ser base. O PSL continua votando com o governo nas pautas que são boas para o Brasil, porém se mantem independente naquelas pautas que podem prejudicar o Brasil”, explicou a deputada.
Já Bivar afirmou que a relação entre o PSL e as pautas do governo sempre foi “amigável” e que o partido apoia a agenda reformista, mas negou que a sigla fizesse parte da base do governo. “Não, o PSL faz parte das coisas que sejam reformistas, isso o PSL faz”, afirmou.
Ao ser questionado novamente se o partido faz parte da base, Bivar desconversou. “O PSL está sempre de acordo com suas convicções. Eu acho que se nós fizemos uma campanha, elegemos vários deputados dentro dessa linha. Eu acho que isso a gente tem que preservar, e assim será o PSL”, disse.
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Nova líder
As falas dos dois deputados foram dadas na entrada da liderança do partido na Câmara, onde os parlamentares do partido se reunem hoje para decidir a pauta do plenário. Essa é a primeira vez que Joice participa do encontro como líder da sigla na casa. A deputada foi alçada ao cargo ontem e teve seu nome oficializado na manhã de hoje.
Joice recebeu o apoio de 22 deputados para assumir a posição, que estava nas mãos de Eduardo Bolsonaro (SP). A nomeação foi possível já que Eduardo e mais 13 deputados bolsonaristas foram suspensos de suas atividades parlamentares a pedido da Executiva Nacional do PSL.
Nesta manhã, Joice afirmou que vai buscar a pacificação do partido. “É um passo para mostrarmos pra sociedade brasileira que nós vamos fazer política de um jeito sério e maduro. O PSL raiz é uma direita racional, não é uma direita xiita, não é uma direita radical, é uma direita que respeita o contraditório”, explicou.
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