A presidência da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) na Câmara dos Deputados está indefinida por conta do racha no PSL que vai dividir a bancada em duas após o Aliança pelo Brasil ser registrado.
O Congresso em Foco ouviu deputados para saber quem deve ficar com o comando da comissão. Republicanos (32 deputados) e PDT (28 deputados) manifestaram interesse.
De acordo com o vice-líder do Republicanos, deputado João Roma (BA), há um acordo para que ele ou Lafayette de Andrada (Republicanos-MG) presidam a comissão em 2020. A ideia é que haja um rodízio entre as maiores bancadas.
Outro partido interessado no comando da comissão é o PDT, que faz oposição ao governo de Jair Bolsonaro e pode ter o poder de barrar projetos governistas. O líder da sigla, André Figueiredo (CE), afirmou que o nome escolhido caso seja confirmado um rodízio será o de Afonso Mota (PDT-MS).
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PSL diz que acordo foi para comandar a CCJ por dois anos
O vice-presidente do PSL, deputado Júnior Bozzella (SP), demonstrou interesse do partido em continuar no comando da CCJ em 2020.
Ele disse que ao apoiar a reeleição de Rodrigo Maia (DEM-RJ) para presidente da Câmara em 2019 o prometido foi que o PSL ficasse no comando da CCJ durante os dois anos de mandato dele.
Para o deputado não foi estabelecida a ideia dos partidos se revezarem no comando da comissão
“É um direito dos outros partidos quererem cobrar, mas há um acordo firmado inicialmente com o PSL. Os outros quererem participar… Não foi sentado em uma mesa lá atrás na hora de fechar acordo com o Rodrigo o Republicanos e o PSL combinado isso: agora o Republicanos que assume a CCJ”, disse.
E completou: “se quiser mudar vai ter que conversar com todo mundo novamente, um na frente do outro e ver qual caminho que vai ser traçado, a estratégia que vai ser decidida”.
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Sem Bia Kicis
Acordo interno construído pelo partido no início de 2019 previa que a deputada Bia Kicis (PSL-DF) substituísse Felipe Francischini (PSL-PR) no comando da CCJ em 2020.
No entanto, a deputada faz parte da ala que vai para o Aliança. “Se a CCJ for ficar com o PSL não faz sentido deputados que nem vão estar mais no PSL, que estão se armando para mudar de partido assim que tiver o registro consolidado do novo partido, ocuparem vagas em comissões que não é do partido deles”, disse Bozzella.
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