Com agenda extensa na semana anterior ao recesso, partidos da base do governo tentam obstruir a pauta nesta segunda-feira (21). Ao Congresso em Foco, o deputado Marcelo Ramos (PL-AM) disse que o esforço de final de ano deveria ser “fruto de um diálogo com o colegiado de líderes e não de uma escolha do presidente do que pautar e do que não pautar”.
“Não estou dizendo que o que está não precisava estar em pauta, mas não tem mais consenso em nada”, complementou.
Pano de fundo da discussão entre PL, PP, PSD, Republicanos, Solidariedade, Patriota, Avante e Rodrigo Maia (DEM-RJ) está o fato de o democrata querer suspender o recesso parlamentar de janeiro. A base do governo acusa Maia de querer utilizar o mês de recesso para fortalecer a articulação de seu candidato à sucessão da presidência da Casa. O bloco capitaneado por Maia tem apoio de 11 partidos e deve apresentar um nome até quarta-feira (23).
O Planalto apoia a candidatura do deputado Arthur Lira (PP-AL), que foi às redes sociais defender o recesso. “Centenas de deputados têm compromisso em suas bases e já fizeram suas agendas – percorrendo os municípios e já iniciando o diálogo com os novos prefeitos eleitos. Boa parte do que está parado poderia ter sido votada, por entendimento do colégio de líderes.Coisa que não aconteceu”, escreveu nas redes sociais durante o fim de semana.
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Em plenário, Giovani Cherini (PL-RS) atacou Rodrigo Maia. “O senhor vai terminar seu mandato melancolicamente ao lado da esquerda, agora virou um homem de esquerda. Eu lhe faço um apelo, está na hora de encerrar seu mandato com grandeza. (…) Agora está fazendo beicinho ao presidente Bolsonaro. Vamos votar de consenso”, disse.
A manifestação de Cherini fez com que diferentes líderes defendessem Rodrigo Maia. O presidente da Câmara disse que as matérias apreciadas na pauta da semana foram todas aprovadas com requerimentos de urgência. Não faço crítica à obstrução, é da nossa democracia o direito. Já fui líder de partido e fiz oposição ao PT durante 13 anos, é legítimo seja por qualquer razão.
Publicidade> Arthur Lira sobe o tom, critica Maia e defende apoio de Bolsonaro
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