O deputado Orlando Silva (PCdoB-SP), que relatou a MP 936/2020 na Câmara, disse ao Congresso em Foco que o veto do presidente Jair Bolsonaro à prorrogação da desoneração da folha de pagamento deverá gerar mais desemprego. “Vai criar mais dificuldade para manutenção de emprego nos setores que mais empregam”, afirmou.
Segundo ele, os 17 setores prejudicados pela decisão de Bolsonaro empregam cerca de 6,5 milhões de trabalhadores. Para o deputado, o Congresso deverá derrubar o veto presidencial.
As principais informações deste texto foram enviadas antes para os assinantes dos serviços premium do Congresso em Foco. Cadastre-se e faça um test drive.
“O presidente está desconectado do problema principal que é o desemprego. Isso demonstra uma insensibilidade”, acrescentou o relator.
Leia também
> Bolsonaro sanciona MP 936, mas veta desoneração da folha. Veja a íntegra da lei
O líder do PSD no Senado, Otto Alencar (BA), afirmou que há entre os senadores maioria para derrubar o veto e que está surpreso com a decisão do presidente.
Publicidade“Esse [veto] da desoneração nós não esperávamos porque foi feito um acordo com as lideranças do governo com a anuência tanto da liderança do Congresso, senador Eduardo Gomes, quanto a do Senado, com o senador Fernando Bezerra”.
De acordo com o líder, o chefe do Executivo não está alinhado com o que deseja a equipe econômica, pois deixou ser firmado no Congresso um acordo pela prorrogação da desoneração, mas teve que revertê-lo após pressão do Ministério da Economia, que não quer abrir mão da arrecadação que esse trecho retiraria.
“Não está havendo uma sintonia do Ministério da Economia com o presidente da República. É lamentável, vamos ter que apreciar isso e derrubar”.
O senador disse que o presidente do Congresso, senador Davi Alcolumbre (DEM-AP), tenta convocar uma sessão com deputados e senadores para analisar vetos presidenciais na quinta-feira da próxima semana, dia 15.
No entanto, ainda há uma fila de vetos anteriores que ainda não foram apreciados e que por conta disso, o congressista afirmou não saber quando deve ser votada essa questão.
O líder do PSDB na Câmara, Carlos Sampaio (SP), disse que seu partido ainda não debateu o assunto. “O assunto não está sendo abordado pelos líderes, uma vez que não há sessão do congresso agendada”.
> Cadastre-se e acesse de graça, por 30 dias, o melhor conteúdo político premium do país
Deixe um comentário