Os trabalhos da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid serão prorrogados por 90 dias. O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), leu o requerimento com o pedido a extensão dos trabalhos durante a sessão desta quarta (14).
“Sendo esta sessão de hoje a última do Senado antes do recesso parlamentar, me impõe de comunicar que recebi, como presidente, requerimento do senador Randolfe Rodrigues e de outros senadores, solicitando a prorrogação do prazo da CPI da Pandemia por 90 dias. O requerimento lido contém subscritores suficientes para prorrogar o prazo e será publicado para que produza os devidos efeitos”, disse Pacheco durante a sessão.
A previsão era de que os trabalhos da comissão fossem encerrados no dia 7 de agosto. O prazo de mais 90 dias começa a contar, então, a partir desta data.
O requerimento de prorrogação recebeu 34 assinaturas, incluindo a do vice-presidente da Casa, senador Vital do Rêgo (MDB-PB). Pelo regimento, seriam necessárias apenas 24.
O pedido de prorrogação é um pleito da maioria da CPI e este requerimento havia sido apresentado ao presidente há algumas semanas. Pacheco, no entanto, vinha dando sinais de que não faria a leitura – etapa regimentalmente necessária para validar a prorrogação dos trabalhos. Diante disso, os senadores Jorge Kajuru (Podemos-GO) e Alessandro Vieira (Rede-SE) chegaram a acionar o Supremo Tribunal Federal (STF) para garantir a continuidade dos trabalhos por mais 90 dias.
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Na última sexta-feira, porém, Pacheco concedeu uma coletiva na qual aumentou o tom contra falas antidemocráticas do presidente Jair Bolsonaro e defendeu o trabalho do presidente da CPI, senador Omar Aziz (PSD-AM). Aziz foi alvo de críticas do presidente, de governistas e das Forças Armadas após decretar a prisão de um depoente por falso testemunho.
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