O deputado Nikolas Ferreira (PL-MG) foi empossado na presidência da Comissão de Educação na Câmara dos Deputados nesta quarta-feira (6). Apesar das tentativas governistas de obstruir a instalação das comissões a fim de pressionar o PL a apresentar outro nome, o parlamentar recebeu 22 votos contra 15 em branco e vai presidir o colegiado em 2024.
Afastado por licença-paternidade, o deputado enviou um vídeo agradecendo aos que votaram nele e esmiuçando a condução que planeja para a comissão. “Acredito que nossa pauta será bastante conceitual, fazer um trabalho propositivo. Nós vamos fazer uma comissão bastante plural, no sentido de debate de ideias e posicionamentos”.
Nikolas Ferreira também destacou a votação do Plano Nacional de Educação, a pauta do homeschooling e da violência dentro das salas de aula. “Vamos garantir o debate saudável para que a gente tenha um trabalho produtivo”, assegurou.
Antes, deputados governistas fizeram duras críticas ao novo presidente da Comissão de Educação. Ivan Valente (Psol-SP) considerou a indicação de Nikolas “uma trava para discutir políticas públicas para educação brasileira” em virtude dos posicionamentos do deputado.
“Na verdade, é uma provocação [a indicação]. Se eu for perguntar ao deputado o que é um Plano Nacional de Educação, o Fundeb, por que tem que ter um piso nacional salarial, ele não sabe nada disso. Ele só trata de banheiro unissex, de intolerância e ódio, exatamente o contrário do princípio da educação”, disse.
Também psolista, Luciene Cavalcante (Psol-SP) disse que “todo mundo que é comprometido com a educação está extremamente indignado com a indicação, mas não estão surpresos”. Segundo a deputada, faz parte de um projeto político fazer da educação um campo de guerra e destruição.
PublicidadeEm defesa de Nikolas, o deputado Marco Feliciano (PL-SP) rebateu as críticas afirmando que o parlamentar não é inimigo da educação, mas “inimigo da esquerda e do mimimi”. Ele ainda ressaltou que os demais deputados “têm que aprender a cumprir acordos”, em referência às negociatas da presidência das comissões.
Sóstenes Cavalcante (PL-RJ) também discutiu sobre a distribuição dos colegiados. “Nós sabemos que as comissões são divididas nas proporcionalidades dos partidos, em reunião do Colégio de Líderes. A segunda pedida foi do PT, que fez a opção de escolher a Comissão de Saúde. Nós [PL] escolhemos a de Educação”.
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