O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), não pôde receber os ministros Alexandre Padilha (Relações Institucionais), e Jader Filho (Cidades) e Rui Costa (Casa Civil), na terça-feira (9) para tratar da votação que ocorreu na semana passada na Câmara e derrubou decretos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) que versavam sobre o novo marco do saneamento.
O governo interpretou a derrubada dos decretos como uma derrota no Congresso. No fim da semana passada, Lula designou o ministro Padilha para agendar reuniões com lideranças no Congresso para reorganizar e cobrar compromisso da base junto aos projetos da atual gestão. A visita ao presidente do Senado é uma tentativa dos ministros de barrar a desaprovação na Casa Alta.
Pacheco estava em reunião com o deputado português Duarte Pacheco, que representa uma organização internacional de parlamentares, a União Interparlamentar (UIP). Os ministros foram até o gabinete de Pacheco por volta de 16h, mas Pacheco disse que precisava iniciar a sessão no Plenário. O trio de ministros então se dirigiu ao gabinete de lideranças do governo para se reunir com a base.
O líder do governo no Congresso, Randolfe Rodrigues (Rede-AP), então, se reuniu com os ministros. Ao sair do encontro, afirmou que o Senado irá tratar do mérito sobre o saneamento com tempo, já que, segundo ele, não houve tempo o suficiente para debater o tema na Câmara.
Padilha afirmou que, além de Rui Costa e Jader Filho, o líder do governo no Senado, Jacques Wagner (PT-BA), foi designado como o nome responsável por convencer os senadores sobre a importância de manter a medida do Executivo. Como os decretos de Lula foram derrubados por 295 a 136 votos, o Palácio do Planalto criou estratégias para viabilizar uma vitória no Senado.
A visita ao Senado dos ministros ocorreu pouco tempo depois do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), se manifestar sobre a possibilidade revogação do decreto por partes dos senadores em um evento do grupo Lide, realizado em Nova York.
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