Nesta segunda-feira (16), o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), encaminhou à Polícia Federal (PF) um ofício solicitando o fornecimento de escolta armada para o deputado Amom Mandel (Cidadania-AM), que deverá acompanhá-lo enquanto estiver no Amazonas. O parlamentar e seus familiares são alvos de ameaças de morte desde o início de janeiro.
Amom Mandel é opositor do prefeito de Manaus, Davi Almeida, e do governador do Amazonas, Wilson Lima. Em meados de dezembro, encaminhou à PF um dossiê, segundo ele elaborado pela Secretaria Adjunta de Inteligência do Amazonas, com indícios de envolvimento de membros da Secretaria de Segurança Pública (SSP) do estado com organizações criminosas envolvidas com o tráfico de drogas.
Desde então, alega sofrer perseguição por parte do próprio governo estadual. No último dia 4, relatou ter sido alvo de uma abordagem truculenta por policiais militares, que teriam apontado suas armas contra ele, sua esposa e uma amiga enquanto trafegavam de carro em Manaus. Ele também afirma ser alvo de ataques virtuais em decorrência da denúncia. A secretaria nega que os agentes tenham agido com truculência, e afirma que o veículo descumpria normas de trânsito.
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Amom solicitou à Polícia Legislativa que tomasse iniciativas para garantir sua segurança, mas esta não possui jurisdição fora de Brasília, salvo em casos específicos. Para resolver a situação de sua segurança, Lira solicitou um destacamento da PF para acompanhar o deputado diante da “gravidade dos ilícitos e da necessidade de assegurar o livre exercício do mandato parlamentar”.
Esta não é a primeira vez em que o congressista encaminhou denúncias por violência política. Durante as eleições de 2022, quando era vereador em Manaus, sua equipe de apoio foi alvo de um atentado a tiros no norte da capital amazonense, enquanto transitava em um veículo com adesivos de sua campanha para deputado.
Confira a íntegra do ofício de Arthur Lira para a PF:
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