A Executiva Nacional do PSL terminou o processo aberto contra deputados bolsonaristas e decidiu afastar das funções 12 deputados da legenda. Outros cinco, apesar de condenados pelo partido, não foram punidos por estarem sob proteção de uma decisão liminar da 1ª Vara Cível de Brasília.
Com a suspensão das atividades partidárias dos deputados, um grupo do PSL articulou a derrubada de Eduardo Bolsonaro da liderança do partido e a indicação de Joice Hasselmann para para o cargo.
A indicação chegou a ser barrada pelo presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), porque das 24 assinaturas que subscreveram o documento, apenas 20 foram confirmadas. Esse problema foi superado, entretanto, e na noite desta quarta-feira (4), Joice foi oficialmente reconhecida como líder do PSL.
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Os deputados afastados são Aline Sleutjes (PR), Bibo Nunes (RS), Carlos Jordy (RJ), Caroline de Toni (SC), Daniel Silveira (RJ), General Girão (RN), Filipe Barros (PR), Cabo Junio Amaral (MG), Hélio Lopes (RJ), Márcio Labre (RJ), Sanderson (RS) e Vitor Hugo (GO).
Os deputados protegidos pela decisão judicial são Bia Kicis (DF), Carla Zambelli (SP), Ale Silva (MG), Chris Tonietto (RJ) e Eduardo Bolsonaro.
PublicidadeBolsonaro x PSL
Em novembro, o presidente Jair Bolsonaro e o seu filho mais velho, o senador Flávio Bolsonaro, assinaram carta de desfiliação do PSL.
O grupo político do presidente da República na Câmara dos Deputados também vai sair do partido para participar da fundação de uma nova legenda chamada de Aliança pelo Brasil. O ex-ministro do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) Admar Gonzaga e a advogada Karina Kufa são os responsáveis pela estratégia jurídica da criação da legenda em gestação.
A crise na sigla pela qual foi eleito o presidente da República foi destacada pelo Congresso em Foco em setembro de 2019, quando deputados revelaram ao site que a situação dentro do partido era de racha e possível debandada.