O vice-presidente eleito, o ex-governador Geraldo Alckmin (PSB), foi escolhido pelo ex-presidente Lula (PT), que inicia a partir de janeiro de 2023 um terceiro mandato presidencial, para coordenar a equipe de transição. A escolha do nome foi referendada na manhã desta terça-feira (1), em uma reunião da cúpula do PT em São Paulo comandada pela presidente da legenda, a deputada federal Gleisi Hoffmann (PT-PR), e o ex-ministro Aloizio Mercadante.
Um dos motivos para a escolha de Alckmin foi seu perfil conciliador. “A gente já mostrou isso durante a campanha, quando a gente fez essa frente ampla. Ele é o vice-presidente eleito, tem mais do que legitimidade para isso”, disse Gleisi. O novo vice-presidente vai comandar uma equipe de 50 nomes, entre técnicos e políticos. O desafio maior é o diálogo com representantes da gestão do presidente Jair Bolsonaro (PL), que sofreu uma derrota histórica ao tentar a reeleição.
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Nos próximos dois meses o grupo deve se instalar na sede do Centro Cultural do Banco do Brasil (CCBB), em Brasília. A presidente do PT deve iniciar as tratativas com o ministro da Casa Civil, Ciro Nogueira. Entre os primeiros temas que devem ser analisados pela equipe do presidente eleito será o orçamento de 2023, decidido pelo Legislativo atual.
“Com certeza, [primeiro tema] é a questão orçamentária. Geraldo Alckmin já teve um contato com o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco. o senador eleito Wellington Dias, já está em contato com a Comissão Orçamentária. Então, o nosso primeiro foco será essa questão”, disse Gleisi.
Há uma expectativa de que ao participar da comissão liderada por Alckmin o nome possa ser escolhido para um eventual cargo de destaque no futuro governo, como ministérios. A tese foi negada por Gleisi: “Quem participa dessa comissão de transição não quer dizer que vai ser ministro. Não há definição para ministério, o presidente Lula não entrou nesse assunto. Não há essa urgência”.
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