A participação abaixo do esperado por parte de manifestantes pró-governo nos atos de Sete de setembro chamou a atenção de lideranças oposicionistas que se manifestaram nas redes sociais sobre o ocorrido. Da mesma forma, as lideranças declararam apoio aos atos do Grito dos Excluídos, organizados em protesto contra o atual governo e suas pautas.
“Manifestantes compartilham vídeos que dão a impressão de protestos muito maiores, mas imagens aéreas mostram que o Sete de Setembro minguou”, declarou o deputado federal Paulo Pimenta (PT), apontando também para o uso de caminhões por parte dos manifestantes bolsonaristas para criar a impressão de maior volume em seus atos. O deputado também ironizou os interesses dos manifestantes envolvidos. “Eu vi uma senhora e duas filhas na manifestação dos golpistas. Ela tem uns 80 anos e as filhas 60. Segundo ela ‘para derrubar o comunismo’. Eu aposto 10 por 1 que são viúvas pensionistas”, contou em seu perfil no Twitter.
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A deputada federal Gleisi Hoffman (PT) destacou o papel dos atos do Grito dos Excluídos, manifestações de oposição que historicamente acontecem há mais de 20 anos no Brasil. “Chamar a atenção para a fome e a pobreza que voltaram a assolar o país. Seguimos na luta por um país mais justo e solidário. (…) O povo quer comida, saúde, emprego e renda”, divulgou no Twitter.
O povo quer comida, saúde, emprego e renda. Esse é o Grito dos Excluídos nesse 7 de setembro! Pela nossa democracia, #7SForaBolsonaro!
Publicidade📷 Matheus Teixeira/ Mariley Olenhiki#ForaBolsonaro#GritoDosExcluidos pic.twitter.com/3ntoGoVFJ8
— Gleisi Hoffmann (@gleisi) September 7, 2021
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Já o deputado Ivan Valente (Psol) utilizou o espaço nas redes sociais para manifestar seu repúdio à postura do presidente Jair Bolsonaro (Sem Partido) ao convocar as manifestações. “É criminoso o discurso de Bolsonaro diante da raspa de tacho de seus apoiadores. Disse que tem ministro do STF que perdeu o direito de estar no tribunal. ‘Ou se enquadra ou pede para sair’. É Bolsonaro quem não se enquadra e não está à altura do cargo. Fora!”, publicou.
Também se posicionou o ex-deputado e ex-presidente do Partido dos Trabalhadores José Dirceu, que apontou para o saudosismo dos manifestantes bolsonaristas com relação ao antigo regime militar. “Nas manifestações fascistas encontra-se a bolha perversa, os saudosistas do pior passado, cultivadores de um futuro que não semeará! A rua é do povo, fascismo não tem lugar! Flopou”.
O povo está no Grito dos Excluídos e no #forabolsonaro. Nas manifestações fascistas escontra-se a bolha perversa, os saudosistas do pior passado, cultivadores de um futuro que não semeará! A rua é do povo, fascismo não tem lugar! Flopou.
— Zé Dirceu (@ZeDirceu_) September 7, 2021
Algumas lideranças também se manifestaram para o Congresso em Foco Insider. Entre eles, está o senador Renan Calheiros (MDB), relator da CPI da Covid-19 que se posicionou sobre a fala do presidente quanto à convocação do Conselho da República. “Depois do fiasco, Bolsonaro recorre a bravatas golpistas contra as instituições. Perdeu e seguirá sendo enquadrado pela democracia implantada com muitas dores, perdas e sangue. O fascismo não triunfará”, disse ao jornalista Rudolfo Lago.
Alessandro Molon (PSB), líder da oposição na Câmara dos Deputados, se manifestou ao Insider de forma semelhante. “Acho que Bolsonaro nem sabe o que é Conselho da República. (…) É mais uma bravata idiota e antidemocrática do presidente”, afirma.
O senador Jean Paul Prates (PT), líder da minoria no Senado, segue o alerta para a postura antidemocrática dos manifestantes e do presidente. “Desconfio de um presidente que nunca prezou pelo debate quando se propõe a reunir o Conselho da República. Minha posição é de defesa vigorosa da democracia e contrária a atos como os que estamos assistindo hoje, que só contribuem para a erosão de nossa sociedade”. O parlamentar segue com uma provocação ao presidente: “O Conselho é um órgão de assessoramento da Presidência da República. Bolsonaro pode ou não seguir suas orientações. A minha seria: Renuncie, Presidente!”.
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