Na abertura da reunião que faz nesta manhã (8) com seus 39 ministros, o presidente Lula afirmou que o Brasil não pode “brincar de fazer segurança pública” e defendeu a necessidade de mais ações integradas entre o governo federal e as polícias estaduais e municipais. Lula revelou que, na quarta-feira (7), se encontrou com o ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, e com ex-governadores para elaborar um “esboço” de uma nova política de segurança pública para o Brasil.
A proposta deverá ser enviada ao Congresso nas próximas semanas na forma de uma emenda à Constituição (PEC). Antes disso, o texto será apresentado a uma reunião com os 27 governadores.
“Precisamos apresentar à sociedade brasileira uma política de segurança pública que integre União, estados e municípios. Devemos valorizar os entes federados e definir claramente o papel e o compromisso de cada um para garantir a eficácia”, afirmou Lula. Esta é a segunda reunião do presidente com seus ministros este ano. A primeira foi em março.
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Ele destacou a seriedade do desafio enfrentado, observando que o crime organizado no país e no mundo evoluiu para uma verdadeira “multinacional de delitos”, frequentemente superando as capacidades das polícias estaduais. “Queremos compartilhar ações conjuntas, sem ingerência ou imposições. Precisamos definir claramente, na Constituição, o papel de cada parte envolvida”, acrescentou o presidente.
A reunião se estenderá por todo o dia. Apenas a abertura foi aberta para transmissão. Cada ministro deve falar por cinco minutos. Lula quer ouvir análise da situação política, social e econômica do país e começar o planejamento da segunda metade do seu mandato. De acordo com auxiliares do presidente, espera-se que haja discussão da situação econômica e social do Brasil.
Também devem ser tema da discussão o Plano Brasileiro de Inteligência Artificial e as eleições municipais. Até então, as ordens do presidente seriam deixar a corrida eleitoral em segundo plano e focar na divulgação das realizações governamentais. Lula também pretende cobrar a padronização de dados dos ministros para que sejam compartilhados entre as diferentes áreas.
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