O deputado Eli Borges (PL-TO) passou a ser o novo responsável pela Frente Parlamentar Evangélica do Congresso Nacional. Ele assume o lugar de Silas Câmara (Republicanos-AM), que presidiu a frente nos últimos seis meses.
Por acordo, a liderança da frente é alterada a cada seis meses. No final de 2024, devem ser realizadas novas eleições para o presidente da bancada no Congresso.
A Frente Evangélica concentra 203 deputados e 26 senadores. Os congressistas são de diferentes partidos e incluem governistas e oposicionistas. O colegiado é um dos maiores do Parlamento.
Para além de ser uma das frentes parlamentares mais importantes do Congresso, o comando da sigla se torna central em um momento de possível enfrentamento entre o grupo e o governo Lula (PT). A revogação por parte da Receita Federal da isenção para líderes religiosos dada pelo governo de Jair Bolsonaro (PL) levou a críticas dos representantes evangélicos.
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O benefício foi dado a líderes religiosos, como pastores, pelo governo Bolsonaro em agosto de 2022, faltando pouco mais de dois meses da eleição para a Presidência. O ato indicava que os valores recebidos pelos ministros de confissão religiosa não poderiam ser considerados como salários.
A reversão da isenção foi realizada em 17 de janeiro. O ato é assinado pelo Secretário Especial da Receita Federal do Brasil, Robinson Barreirinhas. O secretário cita um processo ainda aberto do Tribunal de Contas da União que verifica a “legalidade e legitimidade” da isenção.
PublicidadePara a FPE, o caso se trata de mais um “ataque” ao “segmento cristão” por parte do governo Lula.
“Trata-se de um “ataque explícito” ao segmento religioso, parcela importante da sociedade brasileira”, diz nota do senador Carlos Viana (Podemos-MG), presidente da frente no Senado. A FPE fala ainda que a suspensão da isenção é um ato de “perseguição” e que espera que o governo reconsidere a decisão.
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