O líder do MDB no Senado, Eduardo Braga (AM), disse estranhar a posição do PT de apoiar o senador Rodrigo Pacheco (DEM-MG) para a presidência da Casa. O mineiro é apadrinhado do presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), e tem o endosso do presidente Jair Bolsonaro.
“Não me compete comentar decisão de outros partidos. Acho que cada um toma sua decisão diante do que você acredita e defende. Só acho estranho, mas enfim, respeito”, disse Eduardo Braga ao Congresso em Foco.
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Braga concorre com Simone Tebet (MS) a indicação do MDB para ser candidato a presidente do Senado. O partido deve anunciar nesta terça-feira (12) quem vai ser o escolhido para disputar a eleição interna. “Vamos tentar encaminhar a definição do MDB e o nosso candidato vai conversar com os partidos, será da competência do candidato conversar com os partidos”, disse Eduardo Braga ao site.
Na última sexta-feira (8), o amazonense se reuniu com a bancada do PT, mas os seis senadores petistas optaram por apoiar Pacheco.
Na segunda-feira (11), o senador Humberto Costa (PT-PE) comentou sobre a decisão do partido:
Publicidade“O acordo foi firmado em cima de vários pontos que para nós são muito importantes. A independência do Congresso Nacional, independência do Senado em relação aos demais poderes, a independência em relação ao Executivo. Pode ser até que Bolsonaro apoie o Rodrigo Pacheco, muito embora os dois líderes do governo estão no MDB. A gente sabe que o Rodrigo Pacheco não tem nenhum compromisso de fazer ou deixar de fazer qualquer coisa em relação a Bolsonaro, o apoio que ele tem de Bolsonaro é por conta do presidente Alcolumbre.”
Ao compor o bloco do mineiro, o PT deve conseguir a presidência de duas comissões e um cargo na mesa diretora. “Isso ainda não foi fechado, apenas ficou claro que o PT poderá ter duas comissões, poderá ter um espaço na mesa, mas não temos ainda a definição”, declarou Humberto Costa.
Simone Tebet crê que a disputa pelo comando do Senado está equilibrada e que o MDB pode avançar em apoios nesta semana. “Só somar as bancadas, MDB, PSDB e Podemos, fora demais … somam 30”, disse a senadora. Hoje o bloco de Pacheco (DEM, PSD, PT, Republicanos, Pros e PSC) tem 28 senadores.
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