Para conseguir pagar um benefício social de pelo menos R$ 400, o governo federal decidiu desrespeitar a regra do teto de gastos. É a conclusão a que se chega após a coletiva de mais de uma hora do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) ao lado de seu ministro da Economia, Paulo Guedes.
Guedes tergiversou e não deu nome aos bois. Porém, o economista e diretor-executivo da Instituição Fiscal Independente (IFI), Felipe Salto, traduziu o que foi dito na coletiva:
“O presidente e seu ministro tentaram defender o indefensável. Só. Nenhuma informação nova. É o fim do teto confirmado e a ausência de qualquer tipo de medida compensatória. Está claro: diante da pressão, o arcabouço fiscal ruiu”.
Lira contraria Guedes e Bolsonaro
O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), disse nesta sexta-feira (22) que deve manter-se aliado a uma defesa do controle orçamentário da União, uma hora após Paulo Guedes e Jair Bolsonaro anunciarem que deverão driblar o teto de gastos em prol de aumentos para benefícios sociais. Ou seja: a tentativa pode acabar encontrando obstáculos no Legislativo.
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“Estamos comprometidos com a solidez fiscal do país. É um pilar importante de nossa democracia”, Lira escreveu em seu Twitter. “Dados os fatos dos últimos dias, temos convicção de que precisamos da união de todos os poderes para solucionarmos mais este impasse. Inflação, câmbio e juros afetam diretamente a vida da população.”
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