Três comissões da Câmara dos Deputados receberam requerimentos das bancadas do PT e do Psol pedindo a convocação do ministro da Justiça e Segurança Pública, Anderson Torres, para prestar esclarecimentos sobre a suspeita de interferência do presidente Jair Bolsonaro na Polícia Federal para proteger seu ex-ministro da Educação Milton Ribeiro.
O requerimento do Psol, de autoria do deputado Ivan Valente (Psol-SP), foi para a Comissão de Fiscalização Financeira e Controle. O PT já enviou outros dois requerimentos: um para a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) e outro para a Comissão de Trabalho, de Administração e Serviço Público. Um é de autoria dos deputados Bohn Gass (PT-RS), Reginaldo Lopes (PT-MG) e Paulo Teixeira (PT-SP), o outro dos dois primeiros junto com Rogério Correia (PT-MG).
O conteúdo deste texto foi publicado antes no Congresso em Foco Insider, serviço exclusivo de informações sobre política e economia do Congresso em Foco. Para assinar, clique AQUI e faça uma degustação gratuita de 30 dias.
Milton Ribeiro é investigado por tráfico de influência e corrupção para a destinação de recursos do Ministério da Educação, havendo suspeita de formação de um gabinete paralelo com pastores evangélicos que apontavam prefeitos aliados para a liberação de verbas. Também existem denúncias de cobrança de propina em ouro dos mesmos prefeitos para os pastores do gabinete.
Na última sexta-feira (24), o portal g1 vazou o áudio de uma ligação telefônica de Milton Ribeiro com uma de suas filhas, em que diz ter sido alertado por Jair Bolsonaro sobre um pressentimento de que a Polícia Federal faria uma operação de busca e apreensão em sua casa. Anderson Torres nega ter repassado qualquer informação sobre a atividade da força de segurança no dia.
Em seu requerimento, Ivan Valente alerta para o risco de violação de um princípio fundamental constitucional durante o ocorrido. “O acesso prévio de Bolsonaro sobre a Operação Acesso Pago viola o Estado democrático de Direito, e deixa em clara evidência a interferência realizada, violando o que preceitua a nossa Constituição em seu artigo 2º, a separação e independência dos poderes harmônicos entre si”, apontou.
PublicidadeConfira a seguir a íntegra do requerimento:
Deixe um comentário