O deputado Delegado Paulo Bilynskyj (PL-SP) foi excluído da sociedade de um clube de tiro em São Paulo, acusado de enganar os sócios e promover cursos de tiro com a presença de crianças. A informação é do jornal O Estado de S. Paulo, em matéria dos jornalistas Levy Teles e Vinícius Valfré.
De acordo com a reportagem, o parlamentar está em conflito judicial com os outros sócios da empresa:
- O caso envolve a Puma Tactical, em São Paulo, um clube de tiro. Bilynskyj e os sócios entraram, separadamente, com processos na Justiça, que acabaram sendo julgados em conjunto. A decisão mais recente determinou o afastamento do deputado do quadro de sócios da empresa.
- O parlamentar também é acusado de dar cursos de tiro sem licença, de permitir a entrada de uma namorada no cofre de armas e munições do estabelecimento e de se apropriar “indevidamente” do grupo de Telegram com os afiliados.
- As aulas de tiro para crianças são confirmadas por uma mãe, que afirma que o filho de 16 anos participou de curso oferecido pelo parlamentar. Na época, já valia a decisão judicial da ministra Rosa Weber (STF) determinando que cursos de tiro para menores de 18 anos só poderiam ser realizada com decisão judicial.
O deputado enviou nota ao Estadão em que nega as acusações. Segundo a sua assessoria, os sócios se aproveitaram da imagem do parlamentar para “alavancar o negócio” e ainda não pagaram o valor de quotas que devem a ele. Também nega irregularidades nos cursos envolvendo menores de idade, dizendo que “as crianças aparecem em fotos durante a reunião final do curso, em um momento de confraternização, na qual a mãe deles estava presente”.
Leia também
Paulo Bilynskyj é conhecido como um dos deputados da bancada da bala. Na tribuna da Câmara, o deputado já exaltou a participação de seu avô, o ucraniano Bohdan Bilynskyj, como combatente na Segunda Guerra Mundial, na Waffen-SS, exército pessoal do ditador alemão Adolf Hitler. A declaração, na época, ganhou o repúdio do Instituto Brasil-Israel.