O deputado federal David Miranda (PDT-RJ) entrou com uma representação no Ministério Público Federal (MPF) contra o colega de Câmara, deputado Pastor Sargento Isidório (Avante) por crimes de homofobia e violação de direitos humanos. As práticas ilegais teriam ocorrido dentro da Fundação Doutor Jesus, da qual o Pastor Isidório é dono, e que atende dependentes químicos.
O caso veio à tona após reportagem do ‘Fantástico’ na qual são apresentadas cenas reveladas onde deputado Isidório, que se diz “ex-homossexual“, zomba da orientação sexual dos internos. “Cabelinho quer rapá. Vai procurar um jegue. Você nasceu foi macho”, fala em um trecho do vídeo.
Em outro momento, ele afirma que pessoas transgênero são “diabólicas”. “Você deixou o Diabo lhe enganar. Você deixou o médico cortar seu pé de sofá. Ela só pensa que tem bilau. O Diabo diz ao homem que ele pode ser mulher, aí ele se veste todo, bota silicone”.
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Na representação Davi Miranda pontua que o pastor “adota práticas que violam os direitos humanos, com imposição de humilhações aos dependentes químicos atendidos pela instituição, que sofrem uma rotina de castigos, tendo sua orientação sexual reprimida, além de também não terem sua liberdade religiosa respeitada”.
“É um absurdo que tenhamos um parlamentar, conhecedor das leis deste país, cometendo descaradamente o crime de homofobia. Não podemos mais aceitar isso”, pontuou David. “A Lei de Racismo criminaliza qualquer tipo de discriminação por conta de orientação sexual ou identidade de gênero”, completou o parlamentar, conhecido por defender as causas LGBTQIA+.
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