A deputada eleita pelo Distrito Federal (DF) e procuradora aposentada Bia Kicis, do PRP, confirmará neste fim de semana ao presidente de seu partido que deixará a legenda para se filiar ao PSL, partido do candidato à Presidência Jair Bolsonaro.
O PSL elegeu neste ano 52 deputados para a Câmara e terá a segunda maior bancada na Casa, atrás apenas do PT, que conquistou 56 cadeiras. Mas o partido deve atrair mais deputados, entre os 32 eleitos por siglas que não atingiram a cláusula de desempenho, como é o caso de Kicis. A esses parlamentares é autorizada a troca de partido.
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A ex-procuradora afirmou já ter acertado com Bolsonaro sua migração ao PSL e inclusive já falou sobre sua intenção de integrar a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), na Câmara. Kicis disse também ter conversado com a deputada eleita Joice Hasselmann (PSL-SP) sobre seu interesse pela CCJ e que teve seu apoio. Joice tem manifestado interesse em assumir o posto de líder de um eventual governo Bolsonaro ou da bancada do partido na Casa.
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De acordo com Kicis, conversas entre o PRP e o PHS sobre uma possível fusão dos partidos foi um dos motivos que a levaram a decidir pela migração, pois isso poderia colocá-la em uma situação de infidelidade partidária. A deputada eleita diz divergir de alguns posicionamentos do PHS.
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Outras legendas também procuram atrair os deputados eleitos por partidos barrados pela cláusula de desempenho, como o PTB. O partido está em conversas com quatro deputados, conforme o presidente da sigla, Roberto Jefferson.
O PTB declarou apoio a Bolsonaro no segundo turno da eleição, mas parece observar com cautela os resultados das urnas no dia 7 de outubro, que mostrou uma renovação de quase 50% das vagas na Câmara. A possibilidade de o PSL lançar um nome próprio na disputa pela presidência da Casa não é bem vista. Na avaliação de Jefferson, os outros partidos se voltariam contra a legenda. O PTB apoia a candidatura à reeleição de Rodrigo Maia (DEM-RJ), que, segundo Jefferson, deverá cumprir um papel moderador no caso de um governo Bolsonaro.
O cálculo do PSL
Cálculos de aliados da campanha de Bolsonaro estimam que a bancada do PSL pode chegar a 70 cadeiras, com a filiação de até 18 deputados. As contas levam em consideração cinco partidos afetados pela cláusula de desempenho alinhados à centro-direita e à direita no espectro político: Patriota (cinco deputados), PHS (seis deputados), DC (um deputado), PRP (quatro deputados) e PTC (dois deputados).
A cláusula de desempenho estabelece que a partir de 2019 só terão acesso aos recursos do fundo partidário e ao tempo gratuito para propaganda no rádio e na TV os partidos que conseguiram eleger ao menos nove deputados em nove estados ou 1,5% dos votos para a Câmara, distribuídos em nove estados e com ao menos 1% dos votos em cada um deles.
Além das legendas já mencionadas, Rede, PCdoB, PMN e PPL também não preencheram os requisitos estipulados pela nova norma. Leia abaixo quais deputados pertencem aos partidos afetados e que poderão migrar para outras siglas.
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Resumindo, o Bolsonaro pode conseguir ter a maior bancada do seu próprio partido no congresso em uma única eleição, uma bancada conservadora liberal como não se vê desde à época do Império do Brasil, e de quebra ainda elegemos quatro monarquistas. Realmente o capitão é um mito! Parabéns pela competência e parabéns aos eleitores que acreditaram que é possível sim fazer mudanças positivas e construímos uma grande nação.