A Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) dos Atos Golpistas ouve nesta terça-feira (1), a partir das 9h, o ex-diretor-adjunto da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) Saulo Moura da Cunha, exonerado do cargo no início de junho pelo presidente Lula.
Cunha era o diretor interino da Abin em 8 de janeiro, quando apoiadores de Bolsonaro invadiram e depredaram a Praça dos Três Poderes, em Brasília. O militar, servidor de carreira da agência desde 1999, coordenou as ações de Inteligência relacionadas à organização da Copa do Mundo em 2014 e das Olimpíadas em 2016, ambas realizadas no Brasil. A oposição pediu o depoimento de Saulo para reforçar a tese de que houve omissão por parte do governo Lula.
Autores do requerimento de convocação querem saber dele se há informações de eventual omissão por parte de agentes públicos na preparação da segurança pública no dia dos atos e se o fato de a Abin estar sem um diretor-geral no dia dos atos prejudicou a atuação do órgão.
Para reforçar essa tese, deputados e senadores oposicionistas também depositam suas fichas nos depoimentos do ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), General Gonçalves Dias, e do fotógrafo da Reuters Adriano Machado, acusado pela oposição de participar do quebra-quebra no dia 8 de janeiro ao combinar imagens com supostos “infiltrados da esquerda”.
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A última reunião da CPMI foi realizada em 11 de julho, quando a comissão recebeu o tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro. Na ocasião, ele se recusou a responder aos questionamentos de deputados e senadores.
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