A Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) dos Atos Golpistas de 8 de janeiro começou a reunião desta quinta-feira (24) com a aprovação da quebra de sigilo bancário, fiscal, telefônico e telemático da deputada Carla Zambelli (PL-SP). O presidente da Comissão, Arthur Maia (União-BA), optou pela votação em bloco de 57 requerimentos que incluem quebras de sigilo e oitivas de militares, policiais militares e nomes da última gestão ligados ao ex-presidente Jair Bolsonaro.
O presidente também divulgou a agenda da CPMI e previu a leitura do relatório para o dia 17 de outubro, prevendo os dois feriados de setembro. Maia afirmou que considera para as próximas sessões analisar requerimentos de quebra de sigilo de Jair Bolsonaro e da ex-primeira dama Michelle Bolsonaro.
Na quarta-feira (23), Maia teve uma reunião no Quartel General do Exército, em Brasília, com o comandante Tomás Paiva, que incentivou a CPMI a cumprir seu papel e reforçou que a instituição honrou suas obrigações em 8 de janeiro. No encontro, o comandante afirmou que não houve sinalização para deixar de convocar militares e que a instituição quer esclarecer que têm compromisso com a democracia.
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Maia também acrescentou que depois do depoimento do hacker Walter Delgatti na última quinta-feira (17) foi pedido requerimento de quebra de sigilo de Carla Zambelli, mas a relatora Eliziane Gama (PSD-MA) não quis convocar Zambelli sem antes analisar documentos para aprimorar uma possível oitiva.
Após a aprovação do bloco de requerimento, o sargento Luis Marcos dos Reis, que foi preso em maior com Mauro Cid, será ouvido. Ele fazia parte da equipe de Cid, ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro. O sargento foi responsável por movimentação atípica no valor de R$ 3,3 milhões, sendo que parte foi repassado a Cid. O militar é suspeito de ter organizado os atos de 8 de janeiro e de ter envolvimento na falsificação de dados de vacinas.
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