O Conselho de Ética e Decoro Parlamentar da Câmara dos Deputados ouve testemunhas de defesa do deputado Glauber Braga (Psol-RJ), nesta quarta-feira (4). O congressista é acusado de quebra de decoro após episódio no qual expulsou da Câmara, aos pontapés, o militante do Movimento Brasil Livre (MBL) Gabriel Costenaro, no dia 16 de abril.
A representação, movida pelo Partido Novo, foi aprovada por dez votos a favor. Apenas dois deputados se opuseram à abertura do processo, Chico Alencar (Psol-RJ) e Jilmar Tatto (PT-SP. No documento, a sigla ressaltou que Glauber Braga não se arrependeu da agressão.
Assista à sessão:
Na última semana, o colegiado ouviu testemunhas de acusação contra Glauber, incluindo o membro do MBL agredido pelo deputado. Durante a oitiva, Gabriel Costenaro negou que ameaçou um manifestante do Psol, conforme Glauber Braga afirma. O influenciador também confirmou ter encontrado o deputado em outras ocasiões.
Além disso, Costenaro se desculpou por ter chamado a mãe de Glauber de corrupta na ocasião, mas não se desculpou por posteriormente tê-la chamado de “safada”. 22 dias depois, a mãe do deputado faleceu. Na época, ela estava em um quadro avançado de Alzheimer. “Eu sinto muito pela sua mãe ter falecido. Só que aí eu devolvo também a pergunta: você se arrepende de insinuar que eu agredi mulher?”, respondeu o militante do MBL.