O Conselho de Ética da Câmara dos Deputados instaurou processo para apurar a conduta de sete deputados, nesta quarta-feira (30).
Veja a lista de parlamentares:
- Abilio Brunini (PL-MT)
- Ricardo Salles (PL-SP)
- Sâmia Bomfim (PSOL-SP)
- Luciano Zucco (Republicanos-RS)
- Dionilso Marcon (PT-RS)
- Glauber Braga (PSOL-RJ)
- André Fernandes (PL-CE)
Durante a sessão também foi decidido, por unanimidade, arquivar a representação do PT contra o deputado José Medeiros (PL-MT). Foram 13 votos favoráveis e nenhum contrário.
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O partido dos trabalhadores argumentou que José Medeiros quebrou o decoro parlamentar ao tentar intimidar a deputada e presidente do partido, Gleisi Hoffmann (PT-PR) em uma sessão no plenário da Câmara.
ABILIO BRUNINI
O parlamentar será investigado pelo Conselho de Ética após representação feita pelo PSOL, em que o deputado teria supostamente tido uma fala transfóbica.
A fala foi feita durante a sessão da CPI dos Atos Golpistas, em 11 de julho.
Durante a sessão, Abilio Brunini teria respondido quando a deputada Erika Hilton (PSOL-SP) falou que ele estava na CPMI apenas para atrapalhar os trabalhos.
“Eu aconselharia que o deputado procurasse tratar sua carência em outro espaço, este espaço é sério, este espaço é o espaço de trabalho”, disse Erika Hilton.
Na sequência, o senador Rogério Carvalho (PT-SE) tomou a palavra, e afirmou ao presidente da CPMI, Arthur Maia (União-BA):
“O senhor Abilio foi homofóbico, fez uma fala homofóbica quando a companheira estava se manifestando, ele acusou e disse que ela estava oferecendo os serviços. Isso é homofobia”.
RICARDO SALLES
Também foi aberto um processo contra o deputado Ricardo Salles (PL-SP), devido a representação feita pelo PSOL.
O partido acusa o deputado de praticar diversos ataques contra a deputada Sâmia Bomfim (PSOL-SP), como uma postagem feita por Salles no Twitter, em que publicou um “emoji” de um hambúrguer, e que a publicação seria direcionada a Sâmia.
SÂMIA RODRIGUES
o processo aberto contra a deputada do PSOL, adveio da representação feita pelo PL, com o argumento de que durante a CPI do MST, em 12 de julho, Sâmia Bomfim teria atacado a dignidade do deputado General Girão (PL-RN), ao afirmar que ela teria dito que Girão é “bandido”, “terrorista”, “fascista” e “golpista”.
Durante a sessão, o presidente da CPI, Leonardo Zucco (Republicanos-RS) havia repreendido a parlamentar por interromper a fala de Girão.
Em resposta, Sâmia afirmou:
“Golpista e fascista, eu não respeito. Eu respeito o Parlamento e os parlamentares”.
LUCIANO ZUCCO
O processo também foi aberto a partir da representação do PSOL, em que acusa o deputado Luciano Zucco (Republicanos-RS) de ter cometido violência de gênero contra a deputada Sâmia Bomfim (PSOL-SP) durante as sessões da CPI do MST.
DIONILSO MARCON
O processo foi aberto a partir da representação feita pelo PL, em que acusa o parlamentar do PT-RS de ter atacado a honra do deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), durante a Comissão de Trabalho da Câmara, em 19 de abril deste ano.
O bate boca começou quando Eduardo Bolsonaro afirmou que a esquerda não o enganava, referindo-se a facada que o pai, ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), levou em 2018.
Em seguida, Eduardo disse que o deputado Marcon afirmou que a facada foi “fake”.
Em resposta, Eduardo se levantou e se dirigiu para onde estava o deputado petista.
Em resposta, Marcon disse que Eduardo era “desequilibrado” e “um perigo”.
GLAUBER BRAGA
O processo foi aberto a partir de representação feita pelo PL, ao afirmar que Glauber Braga (PSOL-RJ) em discussão com o deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), durante uma reunião da Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional, no dia 31 de maio.
Segundo o partido, Braga teria feito a referência ao caso das jóias recebidas pelo governo do ex-presidente Jair Bolsonaro como presente oficial de regime árabes.
O PL diz que, durante a discussão, Glauber Braga afirmou:
“Fica quietinho que agora estou falando. Você já falou bastante. Fica quietinha agora, fica calmo, fica quietinho. Você já devolveu todos os colares?”
ANDRÉ FERNANDES
O processo foi aberto por uma representação do Partido dos Trabalhadores (PT), pois segundo o partido, o parlamentar teria quebrado o decoro parlamentar ao ter feito “falas de teor discriminatório” contra as deputadas Gleisi Hoffmann (PT-PR) e Jack Rocha (PT-ES), em meio a votação da reforma tributária.
Em sua defesa, durante a sessão do conselho, André Fernandes afirmou que não praticou falas racistas e que o PT “banalizou” as representações no Conselho de Ética.
“Houve um debate no plenário […], pensei que ficaria somente nisso e fui surpreendido com essa representação. Fico feliz de saber que isso aqui não vai ser banalizado certamente quando vier o relatório, que vai vir pelo arquivamento”, afirmou.