Com as campanhas eleitorais iniciadas na última sexta (19), as eleições municipais de 2024 devem movimentar a Câmara dos Deputados, que já tem 74 nomes de parlamentares confirmados na disputa por prefeituras, entre deputados titulares, suplentes e licenciados. O PT, do presidente Lula, foi o partido com maior número de deputados federais titulares candidatos a prefeituras registrados na Justiça Eleitoral, 15 no total. A sigla ainda conta com mais dois candidatos, um suplente em exercício e um titular licenciado, totalizando 17 petistas no pleito.
Desde a última semana, com as convenções partidárias, as siglas já definiram e oficializaram os nomes para disputar o pleito. O resultado final das candidaturas será divulgado até 16 de setembro, data em que todos os pedidos devem estar julgados e publicados, mesmo os impugnados e indeferidos.
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Em relação às últimas eleições municipais, o PT quase dobrou o número de deputados candidatos às prefeituras. Nove petistas postularam cargos do Executivo municipal em 2020. Entre eles, apenas Margarida Salomão (MG) saiu vitoriosa. Ela é prefeita de Juiz de Fora (MG). Neste ano, os deputados da sigla tentam cinco capitais: Belo Horizonte, com Rogério Correia (MG); Campo Grande, com Camila Jara (MS); Goiânia, com Adriana Accorsi (GO); Porto Alegre, com Maria do Rosário (RS); e Natal, com Natália Bonavides (RN)
A maior bancada da Câmara, o PL, do ex-presidente Jair Bolsonaro, vem logo em seguida, com o segundo maior número de deputados candidatos a prefeitos. Segundo levantamento do Congresso em Foco, ao todo, são 15 parlamentares da sigla que desejam trocar o parlamento pelas prefeituras, sendo três suplentes licenciados e dois deputados titulares licenciados. Os deputados PL também tentam cinco capitais: Belém, com Éder Mauro (PA); Cuiabá, com Abílio Brunini (MT); Fortaleza, com André Fernandes (CE); Manaus, com Capitão Alberto Neto (AM); e Rio de Janeiro, com Alexandre Ramagem (RJ).
Desistências e suplentes
PublicidadeAo longo do ano, o Congresso em Foco realizou levantamentos dos parlamentares que se lançaram como pré-candidatos a prefeituras e que eram tidos como opção pelos partidos. Pré-candidaturas, como o nome indica, ainda não foram oficializadas e podem ser alteradas por articulação interna dos partidos ou ainda por alianças com outras siglas.
Assim, houve desistências de pré-candidatos. O deputado Kim Kataguiri (União-SP) é um dos exemplos. No dia 1º deste mês, o congressista anunciou a retirada da pré candidatura à prefeitura de São Paulo. “Eu não desisti de disputar as eleições para a prefeitura de São Paulo. Fui desistido e sabotado pelo meu partido”, disse na ocasião.
Além dele, outros nomes tidos como pré-candidatos também não foram oficializados, como Túlio Gadelha (Rede-PE), em Recife, e Beto Richa (PSDB-PR), em Curitiba. Do PL, três deputados pré-candidatos também não foram escolhidos pelo partido nas convenções para concorrer ao pleito: Marcos Pollon (MS), Rosangela Reis (MG) e Coronel Chrisóstomo (RO).
Além disso, nesta lista, foram incluídos suplentes. No último levantamento do Congresso em Foco, só foram considerados os suplentes em exercício, nesta os suplentes licenciados também foram incluídos, conforme também fez a Câmara dos Deputados, em levantamento próprio.
Eleições municipais no Senado
Enquanto na Câmara dos Deputados muitos parlamentares pretendem trocar o Legislativo pelo Executivo, no Senado, apenas três desejam tal caminho. Os senadores Eduardo Girão (Novo-CE), Carlos Viana (Podemos-MG) e Vanderlan Cardoso (PSD-GO) já estão com suas candidaturas registradas na página da Justiça Eleitoral. Os três disputam pelas respectivas capitais de seus estados, Fortaleza, Minas Gerais e Goiânia. O senador Rodrigo Cunha (Podemos-AL) também está no pleito, mas como vice-prefeito de Maceió, na chapa de João Henrique Caldas, o JHC.
Apesar de apenas três candidatos do Senado, as eleições municipais também afetam a Casa, na medida em que alguns senadores se licenciaram dos mandatos para articular em seus estados. Rogério Marinho (PL-RN), líder da oposição no Senado, está licenciado desde junho para cuidar das articulações do PL no Rio Grande do Norte, onde é presidente da sigla.
Também com o mesmo intuito de auxiliar nas articulações das eleições municipais do estado, o senador Efraim Filho (União-PB) se licenciou em junho. Senadora por Santa Catarina, Ivete da Silveira (MDB) se licenciou neste mês para “fortalecer a atuação do MDB e seus aliados nas eleições municipais em Santa Catarina”.
Esta matéria foi atualizada para incluir suplentes licenciados
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