O bloco partidário formado pelo MDB, PSD, Republicanos e Podemos na Câmara dos Deputados decidiu fechar voto em favor de duas das principais pautas econômicas marcadas para essa semana: o projeto de lei que retoma o voto de qualidade em recursos do Conselho de Administração de Recursos Fiscais (Carf) e à proposta da reforma tributária. Eles, contudo, ainda buscam mudanças no texto. As emergenciais estão no projeto do Carf, previsto para ser votado ainda hoje.
Os quatro partidos representam tanto as alas moderadas do governo quanto da oposição. Juntos, eles contabilizam 139 deputados, podendo fazer a diferença tanto para a aprovação quanto para a rejeição dos dois projetos. Ao Congresso em Foco o líder do bloco, deputado Antonio Brito (PSD-BA), afirmou que a decisão do grupo foi formatada ainda no final de semana. Apesar do apoio, os parlamentares ainda buscam mudanças no texto.
“A posição do bloco é favorável aos dois projetos, mas vamos conversar com os relatores e colocar nossas posições sobre mudanças que vamos solicitar”, afirmou o deputado.
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Os deputados Aguinaldo Ribeiro (PP-PB), relator da reforma tributária, e Beto Pereira (PSDB-MS), relator do voto de qualidade do Carf, participam nesta tarde de uma reunião com o bloco para ouvir as demandas. Mais cedo, o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), cancelou a reunião de líderes que havia sido convocada por ele próprio para o começo da tarde. A decisão ocorre em meio à pressão de governadores e prefeitos para mudanças em torno do texto da reforma tributária.
O encontro seria realizado na Residência Oficial, em Brasília, para onde líderes partidários e outros parlamentares chegaram a se deslocar à espera da reunião. De acordo com líderes ouvidos pelo Congresso em Foco , a falta de uma articulação segura que garanta a aprovação da reforma tributária é um dos motivos pelo qual Lira decidiu “frear” um pouco as conversações.
Segundo o vice-líder do PSD, Diego Coronel (BA), a expectativa é que se votado hoje o texto do Carf, deixando a reforma tributária para iniciar a votação amanhã. “Hoje vai ser um termômetro’, afirmou.
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