O deputado Paulo Rocha (PT-PA), que prestou depoimento à Justiça hoje (18) sobre sua participação no esquema do mensalão, bateu boca com o procurador da República José Alfredo de Paula Silva.
O parlamentar, um dos 40 acusados no esquema de compra de votos de congressistas, era líder do PT na época da denúncia e responde a processo no Supremo Tribunal Federal (STF) por lavagem de dinheiro. Paulo Rocha negou participação no esquema. “Não tenho nenhuma culpa, não recebi nenhum dinheiro”, declarou.
José Alfredo questionou se o petista não considerava estranho o fato de o empresário Marcos Valério, acusado de operar o esquema, repassar verba da direção nacional do PT para o diretório do partido no Pará.
"Quem está dizendo isso é você", afirmou Paulo Rocha, com o dedo em riste ao procurador.
"O senhor não me aponte o dedo como se aqui fosse a Câmara", rebateu o procurador.
"Ordem! Quem manda aqui sou eu. O senhor fique quieto, responda às perguntas e eu registro", esbravejou a juíza Maria de Fátima Costa, titular da 10ª Vara da Justiça Federal.
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O advogado do petista pediu desculpas à juíza pelo ato do seu cliente. Para ele, o paraense “nunca aceitou essa denúncia”. (Rodolfo Torres)
Matéria publicada às 20h10 do dia 18.12.2007. Última atualização às 4h22 de 19.12.2007.
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