Luiz Odorico Monteiro de Andrade *
O Programa Mais Médicos tem possibilitado o acesso de mais de 60 milhões de brasileiros ao atendimento em saúde. O benefício era historicamente inviável à população do semiárido nordestino, periferia das grandes cidades, povos da floresta, indígenas, ribeirinhos. Hoje é uma realidade ter um médico perto de casa e cuidando da Saúde da Família.
A seleção de 2015 mostra que o programa ganha credibilidade e está se consolidando entre os médicos brasileiros. 92% das 4.146 vagas ofertadas foram preenchidas por profissionais com registro no Brasil. No Ceará, 525 novas vagas foram preenchidas por brasileiros.
A ativa participação dos médicos brasileiros aponta para uma mudança estrutural na formação, visto que o profissional vivenciará a saúde de forma global, com foco na prevenção, deixando para trás uma visão hospitalocêntrica e minimalista do cuidado.
Pesquisas também dão conta que aumentou o acompanhamento a pacientes com diabetes, hipertensão, consultas de pré-natal e foram reduzidos os encaminhamentos a hospitais.
São os princípios do Sistema Único de Saúde que saem do papel e vão para o dia a dia das pessoas. Ter, de fato, a Atenção Básica como porta de acesso ao SUS significa mais qualidade de vida.
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Isso se reflete na satisfação da população. Segundo pesquisa realizada pela UFMG e pelo Instituto de Pesquisa Ensino e Pós-Graduação (Ipespe), 95% dos usuários entrevistados estavam muito satisfeitos ou satisfeitos com a atuação do médico. 87% dos entrevistados deram notas de 8 a 10 ao Programa Mais Médicos. Essa satisfação foi constatada inclusive pelo Programa Profissão Repórter, da TV Globo, que visitou cinco estados verificando o Programa e exibiu matéria em 31 de março.
O Mais Médicos está dando um choque de qualidade na Atenção Básica. Não podemos retroceder! Temos que seguir avançando!
É preciso entender que o Mais Médicos é um programa de curto, médio e longo prazo, que prevê até 2017 11,5 mil novas vagas de graduação e 12,4 mil vagas de Residência. A meta é chegar à marca de 2,7 médicos por mil habitantes, mesmo padrão do Reino Unido e ainda menor que Portugal, que hoje é 3,9.
Neste momento, contamos com a solidariedade dos nossos irmãos cubanos, que estão sendo muito bem recebidos e queridos Brasil a fora.
A medicina cubana é reconhecida pela Organização Mundial de Saúde. Inclusive até sexta-feira, 24 de abril, Cuba sedia a Convenção Internacional da Saúde Pública – Cuba Salud, da qual tenho a honra de participar ao lado do ministro da Saúde Artur Chioro. O Brasil compartilha suas experiências de cooperação internacional e entre elas o Programa Mais Médicos, que este ano beneficia 63 milhões de brasileiros.
Além disso, pesquisa da UFMG aponta que 92% dos profissionais brasileiros que já atuam no programa se dizem satisfeitos e 90% indicariam a seus colegas.100% disseram que foram bem recebidos pela comunidade e a nota dada a supervisão do Programa foi 9,3.
Nós que trabalhamos todos os dias por um SUS forte e equânime temos que lutar para que o Mais Médicos continue firme no caminho cuidadosamente traçado. Por Mais Saúde para o nosso povo! Vamos à luta! O Mais Médicos é do Brasil!
* Odorico Monteiro é deputado federal pelo PT do Ceará. É médico e presidente da Subcomissão de Saúde da Câmara dos Deputados.
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