O relator do processo contra o deputado José Mentor (PT-SP) no Conselho de Ética da Câmara, Edmar Moreira (PFL-MG), afirmou há pouco que o seu relatório foi pautado por dados concretos, documentos e depoimentos. “Ninguém pode impor sua verdade a outros, mas os fatos investigados não são subjetivos nem foram maquiados”, afirmou o deputado.
Moreira concluiu que Mentor é inocente das acusações de que teria se beneficiado do esquema do empresário Marcos Valério de Souza. “Meu relatório foi feito com base em fatos absolutamente incontestáveis, reais”, disse.
Segundo o relator, estão comprovadas a contratação, pelo advogado Rogério Tolentino, sócio de Valério, de serviço de advocacia do escritório pertencente a Mentor e a prestação do serviço (com a emissão de nota fiscal e o pagamento na forma de depósito em conta corrente). Moreira afirmou ainda que a autenticidade dos documentos também foi comprovada em perícia.
Os argumentos do relator não convenceram Júlio Delgado (PSB-MG), um dos deputados que pediram vista ao relatório. Delgado ressaltou que o pagamento de R$ 120 mil (a Mentor) ocorreu na época em que ele era relator da CPI do Banestado.
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Delgado disse ainda que Mentor, como relator da CPI, fez uma série de requerimentos relativos ao Banco Rural, como os que pediam informações sobre operações de câmbio em Foz do Iguaçu e o que convocava o presidente do banco para depor na comissão.
O deputado afirmou que, após um suposto encontro de Mentor com Valério, em 3 de novembro de 2003, mencionado pela secretária Fernanda Karina Somaggio e negado por Mentor, o petista teria passado "sete meses sem requisitar nem um único documento sobre o Rural".
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