Elaborado anualmente pelo Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar (Diap), o levantamento dos 100 parlamentares mais influentes no Congresso Nacional traz uma novidade neste primeiro ano da legislatura 2007/2001: a forte presença de calouros entre os deputados e senadores mais importantes. Dos 100, 23 são novatos.
A maior parte dos calouros influentes está no Senado, são 16. Eles são, principalmente, políticos com experiência no Executivo federal e estadual, nas assembléias legislativas, no Judiciário e na iniciativa privada.
Entre os oito novatos com maior influência, quatro são deputados governistas – Ciro Gomes (PSB-CE), Cândido Vaccarezza (PT-SP), Flávio Dino (PCdoB-MA), Rodrigo Rollemberg (PSB-DF) – e um quinto é senador da base aliada, apesar de ter atuação independente – Renato Casagrande (PSB-ES).
Dos três oposicionistas integrantes dessa lista de oito nomes, dois estão no Senado – Jarbas Vasconcelos (PMDB-PE) e Kátia Abreu (DEM-TO) – e um na Câmara – Paulo Renato de Souza (PSDB-SP).
"As várias crises políticas que atingiram o Legislativo provocaram uma renovação também na elite do Congresso", analisa o diretor técnico do Diap, Antônio Augusto de Queiroz.
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Segundo o Diap, os dois partidos com maior número de parlamentares na elite são o PT e o PMDB, que tem a maior bancada no Congresso. O PSDB vem em seguida. Os partidos da base de sustentação do Palácio do Planalto — PT, PMDB, PP, PTB, PR, PCdoB e PSB — reúnem 62% da elite do Congresso.
Proporcionalmente, o Senado tem maior participação na lista dos 100 mais influentes. A Câmara tem um total de 513 integrantes e o Senado 81, mas, na elite do Legislativo, a participação dos senadores é de 27%. (Carol Ferrare)
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