No Rio Grande do Sul, Yeda Crusius (PSDB) e Olívio Dutra (PT) desbancaram o favorito, Germano Rigotto (PMDB), e disputarão o segundo turno no próximo dia 29, conforme já se pode dizer agora (23h28 de domingo, dia 1º).
Na Bahia, Jaques Wagner (PT) derrotou Paulo Souto (PFL) no primeiro turno.
No Maranhão, Roseana Sarney (PFL) enfrentará uma segunda rodada de votação – que, baseados nas pesquisas, nem seus adversários esperavam – contra Jackson Lago (PDT).
Os números oficiais confirmam algumas tendências já apontadas pelos institutos de pesquisas, como a vitória tranqüila no primeiro turno de José Serra (PSDB-SP), Aécio Neves (PSDB-MG) e Paulo Hartung (PMDB-ES), para ficar em apenas três exemplos.
Com menos folga, Marcelo Deda (PT) se elegeu governador de Sergipe no primeiro turno. O partido também pode eleger no primeiro turno Binho Marques, no Acre, e reeleger Wellington Dias no Piauí.
Em Santa Catarina, o atual governador Luiz Henrique (PMDB) e o ex Esperidião Amin (PP) se enfrentarão novamente no próximo dia 29. Também haverá segundo turno no Paraná, outro estado em que a votação do favorito (o governador Roberto Requião, do PMDB) foi superestimada pelas pesquisas.
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O Pará é outro estado em que é certa a realização de segundo turno. Apurados 92,73% dos votos, Almir Gabriel (PSDB) tem 44,06%; Ana Júlia (PT), 37,42%; e José Priante (PMDB), 13,59%.
Em vários estados, o voto dos eleitores exibiu contornos distintos dos sugeridos pelas pesquisas pré-eleitorais. Exemplos:
Alagoas – Como indicavam as últimas pesquisas, o senador Téo Vilela Filho (PSDB) está na frente. Com 99,11% dos votos apurados, obteve 55,86% e se elegeu no primeiro turno, contrariando as estimativas dos institutos 30,67% de João Lyra. A surpresa é que o tucano parece estar a caminho da vitória ainda no primeiro turno.
Amazonas – O governador Eduardo Braga (PMDB) está na frente, mas sem a vantagem que as pesquisas lhe atribuíam. Com 92,17% dos votos apurados, ele tem 50,15%; Amazonino Mendes (PFL), 40,22%; Arthur Virgílio (PSDB), 5,66%. Braga, que era tido como favorito para vencer no primeiro turno, poderá ter que enfrentar uma segunda votação.
Bahia – Com 98,83% dos votos apurados, Jaques Wagner (PT), que aparecia em segundo lugar nas pesquisas, tem 52,98% e é o novo governador do estado. Paulo Souto (PFL), que segundo os institutos venceria o pleito no primeiro turno, tem 42,90%.
Distrito Federal – Com 99,4% dos votos apurados, José Roberto Arruda (PFL) tem 50,41% do total. Ou seja, pode se eleger no primeiro turno, mas com uma vitória bem mais apertada do que as pesquisas sugeriam. Também contradiz as previsões dos institutos a pequena diferença entre Maria Abadia (PSDB) e Arlete Sampaio (PT), abaixo de um ponto percentual.
Maranhão – Com 98,84% dos votos apurados, Roseana Sarney tem 47,18%; Jackson Lago (PDT), 34,42%; e Edson Vidigal (PSB), 14,22%. Roseana terá que passar por um segundo turno que se considerava fora de cogitações.
Paraná – Com 99,99% dos votos apurados, Requião tem 42,81%; e o senador Osmar Dias (PDT), 38,60%. A diferença, de apenas quatro pontos percentuais, ficou muito abaixo das estimativas das últimas pesquisas. Outra novidade foi a disputa pelo terceiro lugar, com a troca de posições entre Rubens Bueno (8,07%), antes cotado para vir imediatamente atrás dos dois líderes, por Flávio Arns (9,35%)
Rio de Janeiro – Com 99,99% dos votos apurados, confirma-se o segundo turno, mas Denise Frossard (PPS) teve uma vantagem sobre Marcelo Crivella (PRB) superior à prevista pelas pesquisas: 23,78% contra 18,54%, isto é, cinco pontos percentuais à frente. Frossard enfrentará no dia 29 o senador Sérgio Cabral Filho (PMDB), que está com 41,42%.
Rio Grande do Sul – Com 99,93% dos votos apurados, Yeda Crusius (PSDB) tem 32,90%; Olívio Dutra (PT), 27,38%; e Germano Rigotto (PMDB), 27,12%. Isto é, o candidato apontado antes como favorito sequer concorrerá ao segundo turno.
São Paulo – No mais rico estado da federação, a grande surpresa foi a disputa para o Senado. Com 86,45% da apuração concluída, Eduardo Suplicy (PT), favoritíssimo para o cargo, tem 47,58%, enquanto Guilherme Afif (PFL) está com 44,05%. O petista inverteu, portanto, a tendência de eleição do adversário, apontada pelos primeiros números divulgados. Deverá ter, de todo modo, uma vitória mais apertada do que se previa.
Claro que a conclusão da apuração pode aproximar os resultados finais das previsões das pesquisas. Mas também parece evidente que os levantamentos dos institutos, pelo menos em alguns casos (como Rio Grande do Sul e Bahia), tendem a mostrar distorções acima da margem de erro que eles admitem.
O Congresso em Foco firmou parceria com o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para transmitir on line os resultados oficiais da votação. Entre aqui para acompanhar.