O presidente da Câmara responde aos inquéritos 3983, 4123 e 4146, por crime contra a Lei de Licitações, crimes de lavagem de dinheiro e corrupção passiva, da Operação Lava Jato. Ele é apontado por Youssef como um dos beneficiários das propinas vindas de contratos de aluguel de um navio-plataforma das empresas Samsung e Matsui. Os valores eram pagos, segundo o doleiro, mediante pressão de aliados do deputado, que apresentavam requerimentos na Câmara com ameaça às empresas que haviam suspendido o pagamento da propina ao PMDB.
A acusação foi reforçada em julho, por outro delator, Júlio Camargo, que representava o grupo Toyo Setal. De acordo com Júlio, Cunha exigiu pessoalmente o pagamento de US$ 5 milhões em propina como forma de viabilizar um contrato de navios-sonda da Petrobras. “Foi extremamente amistoso, dizendo que ele não tinha nada pessoal contra mim, mas que havia um débito meu com o Fernando do qual ele era merecedor de US$ 5 milhões. E que isso estava atrapalhando porque estava em véspera de campanha”, afirmou o delator.
“Desminto com veemência as mentiras do delator e o desafio a prová-las”, rebateu o deputado, que acusa o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, de perseguição e responsabiliza pelas investigações o governo Dilma, com o qual rompeu após a delação de Júlio.
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