Dia desses, lendo o noticiário APFA News, do distante Butão, deparei-me com um texto daqueles que emocionam pelo conteúdo humano do drama que retratam. Nele há palavras que deveriam ser ouvidas por toda a população do chamado “Terceiro Mundo”. Reproduzo, a seguir, algumas partes.
“No último mês de setembro crianças no Butão foram imunizadas com uma nova vacina. Inúmeras delas morreram e outras sofreram agudos efeitos colaterais. Amostras destas vacinas foram enviadas a laboratórios para testes. A divulgação dos resultados foi surpreendentemente lenta. Enquanto isso, o ministro da Saúde que introduziu a vacina assassina recebeu um prêmio pela campanha de imunização. O Ministério da Saúde recebeu de presente 12 ambulâncias. Os pais que perderam seus filhos não foram nem compensados nem consolados. O episódio foi explicado pelo governo como uma mera coincidência”.
Estas vacinas teriam sido produzidas por uma instituição baseada na Suíça, do tipo “parceria público-privada”, constituída no ano 2000 com um capital inicial de US$ 750 milhões. Segundo o texto, “hoje há quatro empresas lucrando com esta parceria”. Registrou-se que a vacina em questão “é distribuída para 72 países, escolhidos com base nos padrões de pobreza”.
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“Sem que tenha havido um teste prévio, a imunização começou em todo o Butão. Em um mês oito crianças morreram vítimas da vacina. O número real de óbitos ainda é desconhecido. Um memorando do Ministério da Saúde, não publicado, falava em 31 mortes e centenas de crianças doentes”.
Denunciou-se, em seguida, que “o Butão não é o primeiro país a suspender a imunização com esta vacina. O Sri Lanka e o Paquistão já o haviam feito. Entretanto, a despeito das notícias de mortes nestes países, o Afeganistão, o Bangladesh, o Nepal e muitos outros países continuam a testá-la”.
Alertou-se que “ainda que as crianças imunizadas não sucumbam à vacina, elas não estão fora de perigo. Os antígenos utilizados são desconhecidos e protegidos por patentes. A vacina vem em uma solução de alumínio thimerosal, um componente baseado em mercúrio, formaldeído e preservativos. Eles causam inflamação no cérebro, câncer, encefalite, etc. Se a saúde de uma criança não estiver boa, ou se a quantidade destas substâncias ultrapassar certos limites, os efeitos aparecerão”.
De forma chocante, noticiou-se que “na terceira semana de novembro, os ministros da Saúde dos países que receberam a vacina foram exaltados. Receberam vários títulos e homenagens. A cerimônia, acontecida em Hanoi, Vietnam, no dia 19 de novembro, foi maior que qualquer noite de entrega do prêmio Oscar. O evento foi suavizado pela cantora Yvonne Chaka Chaka, da África do Sul. No programa da solenidade não havia nem menção às crianças que perderam suas vidas vítimas da vacina, e sequer orações foram oferecidas. Nenhum líder falou uma palavra que fosse sobre compensações. Os ministros retornaram com pesadas medalhas”.
Há mais: “Uma dose da vacina custa US$ 3,65. No entanto, a instituição suíça a entregou ao Butão por US$ 0,23. A imensa diferença levanta a suspeita de que as vacinas estão sendo utilizadas para teste”.
Eu não sei se isso é verdade. Só sei que crianças morreram. É em homenagem a elas que escrevo este texto. A elas e a tantas outras cujo único pecado foi nascer em um país do Terceiro Mundo.
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