Sempre que reflito sobre o que ensinar aos nossos alunos como melhor caminho para passar em concurso público, convenço-me de que manter a alegria é a resposta. Refiro-me à manutenção da alegria mesmo ao seguir uma rotina muitas vezes cansativa, como a de estudar para concurso, por exemplo. A capacidade de se manter bem-disposto mesmo nessas circunstâncias engrandece a pessoa e a coloca entre aquelas de mente rara, destinadas a brilhar em tudo, inclusive na jornada em busca de um futuro seguro e pleno de recompensas profissionais e pessoais.
O segredo de um concurseiro bem-sucedido reside em como ele mantém seu estado de espírito ao longo da preparação com vistas à carreira pública. Nesse contexto, sentimentos e ações extremistas só servem para deflagrar processos negativos na mente, para criar insegurança e a sensação de fracasso iminente no concurso que se vai prestar. Se o candidato se deixar dominar por esses pensamentos derrotistas, derrotado ele estará, com toda a certeza.
Naturalmente, nós do Gran Cursos conhecemos bem o perfil dos estudantes que passam por nossas salas de aula. Quero compartilhar com vocês algo que constatamos ao longo dos anos: um atributo comum a todas as pessoas aprovadas em concurso – sobretudo nos primeiros lugares – é a simpatia. Essa simpatia pode ser traduzida como uma ternura profunda, silenciosa, quase inexprimível, e se revela em um caráter sistematicamente abnegado e gentil.
Os candidatos simpáticos jamais são exibidos ou eloquentes. Ao contrário, são permanentemente contidos, firmes, calmos, pacientes, modestos e corteses com os colegas, com os mestres e com os funcionários da escola. Jamais se comportam de forma arrogante ou excessivamente vaidosa, mesmo quando têm consciência de que estão entre os melhores na disputa por uma das ambicionadas vagas do serviço público. Essas são, sem dúvida alguma, as principais características dos vencedores em qualquer situação na sociedade.
A simpatia pessoal é um dom. Como tal, não se adquire pelos estudos nem por esforço pessoal ao longo da vida. Ela vem de berço e faz da pessoa um ser extremamente agradável de conviver, alguém que jamais se deixa ficar centrada em si mesma e, por isso, conquista o coração dos colegas de turma e de empreitada, pois pensa e sente com eles.
Pessoas assim são muito importantes em um grupo de estudantes para concurso público. Elas elevam o astral dos colegas que estão com dificuldades nos estudos. Minha experiência como professor e especialista na preparação de candidatos para concursos leva-me a afirmar que o homem ou a mulher simpáticos sentem o sofrimento e a dor da preparação e contribuem para reduzi-los. Carregam a convicção de que a dor do estudo é temporária, mas a desistência da luta pela aprovação e o cargo público são permanentes. Por isso, não aceitam o fracasso e transmitem esse sentimento positivo aos colegas.
Não há exagero em afirmar que o candidato simpático é um ser composto. Como é isso? Muito simples: ele vê com os olhos dos outros candidatos, ouve com os ouvidos deles, pensa com a mente deles e sente com o coração deles. Divide as alegrias da aprovação e as tristezas de eventual reprovação, mas nunca, como eu já disse, aceita o fracasso como definitivo. Na verdade, “fracasso” é palavra que não existe no dicionário desse candidato e na maneira que ele tem de encarar a vida.
Isso não quer dizer que candidatos simpáticos nunca tenham experimentado os dissabores de uma reprovação. Mas é dessa experiência que eles retiram novas forças e renovam as energias para continuar em busca do resultado que compensará todo o esforço e sacrifício exigidos de quem se propõe a passar em concurso público. Posso até garantir que nenhum candidato é dotado de genuína simpatia se não tiver sido, em alguma medida, pelo menos, um candidato de dores e experimentado no sofrimento. Já um concurseiro impetuoso e ressentido dificilmente evitará o desastre e terminará sempre reprovado.
É por isso que o candidato simpático, com capacidade média, sempre terá precedência ao candidato de maior capacidade, mas antipático e ressentido. É claro quer haverá exceções a essa regra, mas certamente serão poucas. Vou dar um exemplo do que estou afirmando: o mais próspero empresário que já conheci transbordava bondade e genialidade exuberantes. Ele era inocente como um bebê recém-nascido, mas seu grande coração e sua retidão faziam com que conquistasse rapidamente amigos por onde quer que passasse.
Esta é uma verdade que aprendi ao longo da experiência de mais de duas décadas no ensino, tanto acadêmico como especializado em concursos públicos, minha grande paixão: o que repele contribui para o isolamento e o fracasso, mas o que atrai contribui para a união e o sucesso. Eis por que a simpatia não pode impedir o sucesso, enquanto o egoísmo aniquila e destrói o ser humano.
Em nossa curta passagem por este mundo, é preciso cultivar os valores da humildade e da solidariedade, sobretudo quando somos bem-sucedidos em nossa trajetória. O dar é tão importante quanto o receber, e aquele que recebe tudo o que pode e se recusa a dar será incapaz de receber. Trata-se de uma lei espiritual: não podemos receber, a menos que tenhamos dado, assim como não podemos dar, a menos que recebamos.
Deixo aqui o meu alerta a todos vocês que almejam a aprovação num concurso público: que o concurseiro se previna contra a ganância, a avareza, a inveja, o ciúme, a suspeita. Esses males, se cultivados, roubam tudo o que há de melhor na vida. E não me refiro apenas aos bens materiais.
A gentileza é semelhante à divindade. Devemos cultivá-la como uma rosa que se abre para o mundo com sua beleza e seu perfume envolvente. Isso faz bem à saúde e ao espírito do ser humano. Ao mesmo tempo, é preciso afastar da mente o preconceito, grande barreira à simpatia, ao conhecimento e ao sucesso.
Nós só enxergamos as pessoas e as coisas como elas de fato são quando despimos a mente de julgamentos parciais. Com essa atitude, tenho certeza de que você, querido concurseiro que me acompanha, agora, nestas linhas, estará no caminho certo para a conquista do seu
FELIZ CARGO NOVO!
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