Kassab era Serra. Mas a administração dele, mal avaliada, era Haddad. Haddad virou a eleição. Kassab virou Haddad e falou no quão honroso é o cargo de ministro. Por que a crítica? Ora, ele está fazendo apenas o que todo brasileiro faz na iminência do desemprego: começa a entregar currículo e carta de apresentação. Ao longo da semana pós-eleição, ninguém esteve tão “disponível e querendo” quando Kassab. Tá na pista!
E o Serra, hein? Com três carimbos petistas no lombo, disse que tese de renovação é coisa do PT. Como assim? Como mostraram 2002, 2010 e 2012, a melhor coisa do mundo para o PT seria que os tucanos continuassem investindo em Serra. Que atribui a derrota à avaliação negativa do seu (ex) aliado Kassab. Mas a rejeição de Kassab é menor do que a de Serra! Quem atrapalha quem? Futuro serrista deve mesmo ser o Senado. De muito bom tamanho, diga-se de passagem. É só combinar antes com os paulistas.
As más línguas já dizem até que a renovação no PSDB era o assunto da tal mensagem cifrada encontrada nos restos de um pombo-correio da 2ª guerra. Recado de um profético colega de penas.
Termina o segundo turno, começa o terceiro: o PSB, partido com maior crescimento percentual nas disputas municipais, começa a colocar as manguinhas de fora, ameaçando o acordo entre o PT e o PMDB na sucessão da Câmara, através da pré-candidatura do deputado federal Júlio Delgado (PSB-MG).
Simultaneamente, Aécio e Eduardo Campos se unem por pacto federativo. Dilma em alerta. De pacto em pacto…
Brasil, o país da diversidade. Aqui, neoliberal namora socialista. Se bobear, dá até casamento.
Página político-policial: enquanto PMs são assassinados em São Paulo, aliados do governador Alckmin acham que auxílio federal é tentativa velada do Planalto de atestar carências da gestão estadual. É isso mesmo, produção?
Agora… pense nas famílias dos policiais lendo/ouvindo isso!
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